Foram anos de investigação para esse final feliz. A imagem representa Betsabá, conhecida na Bíblia como esposa do rei Davi e mãe de Salomão. É da primeira metade do século XVIII. Preciosidade.
Dona de um acervo tombado em 1938, a Igreja do Pilar tem uma construção que, por si só, é uma obra de arte. O altar, por exemplo, nos leva ao melhor do barroco joanino com traços de Minas Gerais.
Por falar no Estado vizinho, a Igreja ficava em um dos meios de campo entre Rio de Janeiro e a terra do pão de queijo. Parte do ouro abundante nas cidades mineiras era exportado através do porto dessa localidade. Nossa Senhora do Pilar era recanto de fé dos colonizadores, tropeiros, comerciantes e até de Dom Pedro I, que sempre dava uma paradinha quando estava indo de um canto para o outro.
Após ser ermida, transformada em pequena capela, a Igreja do Pilar começou a ganhar essa estrutura que conhecemos em 1720. Pensando em defender as riquezas, uma parte do imóvel servia como cabine de observação. Protegia-se assim também de possíveis ataques piratas.
Como pode-se imaginar, muita coisa aconteceu nesses 300 anos, inclusive uma recente obra de restauração. O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) aportou dois milhões reais para que as melhorias saíssem do papel. Estima-se que tudo esteja pronto ainda no primeiro trimestre de 2021.
Que essa vacina chegue logo e tenhamos uma festa imensa, do tamanho e da importância da Igreja para o povo de Duque de Caxias e para a história do Brasil.