Japinha CondeEDERSON LIMA

Ela é 'japa', carioca e uma das novas sensações do forró. Lorraine Camelo Silva, a Japinha Conde, é a nossa entrevistada de hoje. Uma mistura pouco convencional no cenário desse estilo tipicamente nordestino, não é mesmo? Mas aos 20 anos ela vem conquistando destaque nacional à frente da 'Conde do Forró'. Com Japinha, a banda ganhou não apenas uma cara nova, mas milhões de visualizações e uma coleção de parcerias musicais com artistas dos mais variados estilos, como Xand Avião, Maiara e Maraísa, Tierry e MC Rogerinho. O sucesso veio em meio à pandemia, com a música 'Romance Desapegado', que já ultrapassa a marca de 250 milhões de visualizações no canal do Youtube da banda. Mas o que é que a Japinha tem? Nesta entrevista ela revela o segredo do seu sucesso, relembra o início da carreira, e ainda deixa um recado para mulheres que vivem relacionamentos abusivos.
Qual o seu nome de batismo, e como surgiu o apelido 'Japinha'?
Me chamo Lorraine Camelo Silva e o apelido de Japinha é pelo falo de eu ser japonesa, ou melhor parecer uma (risos). Meus amigos e pessoas próximas sempre me chamaram assim e acabou ficando japinha. E eu adoro!!!
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Quando você passou a se interessar pela música e decidiu investir na carreira de cantora?
Eu sempre gostei do mundo artístico, desde muito nova sempre foi minha paixão. Comecei como modelo, depois fui para o teatro e aos 15 anos eu me identifiquei com a música. Hoje, não me vejo fazendo outra coisa.
Qual foi o seu primeiro contato com o forró?
A minha mãe sempre gostou de escutar música e ela tinha um radinho no bar dela e escutava forró e sertanejo. Eu amava ficar ali ouvindo as músicas enquanto ela trabalhava. Eu cresci nesse meio, então esse foi o meu primeiro contato.
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Como uma jovem cantora carioca, o que te levou para o cenário do forró e não do funk, por exemplo?
Muitas pessoas me perguntam isso, porque realmente essa mistura não é comum: japonesa, carioca e cantando forró, que é um estilo de música mais popular no nordeste, mas que vem conquistando cada vez mais o Brasil. E o que me levou pro forró foi realmente crescer escutando esse estilo em casa desde pequena.
Como foi o convite para fazer parte da 'Conde do Forró'? Você já era fã da banda?
O grupo que minha mãe mais escutava era Conde do Forró, então desde muito cedo eu já escutava o Conde e sabia cantar todas as músicas. Era fã deles. Um dia teve show do Conde em Feira de Santana e eu fui sem pensar duas vezes. Não podia deixar de assistir a apresentação dessa banda que admirava tanto. No show eles me chamaram pra fazer uma canja, uma participação. Lembro que foi uma realização pra mim, uma mistura de sentimentos. Foi quando o empresário do Conde gostou da minha voz e me fez o convite. Não consigo descrever o que senti no momento. Imagina você sendo convidada pra cantar na banda que é fã?! Foi uma oportunidade que agarrei e hoje me sinto muito feliz com tudo que está acontecendo!
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Você já declarou em seu Instagram que muita gente 'não dava nem um real por você'. Teve muitas decepções antes de ter seu trabalho reconhecido?
Sim, tive várias! Antes de assumir o vocal do Conde, eu passei por muitas decepções, mas graças a Deus todas já foram superadas.
Você enfrenta algum preconceito por ser uma carioca à frente de uma banda de um estilo musical tipicamente nordestino?
Olha, preconceito eu nunca sofri, graças a Deus! Sempre acreditei que música é universal e tem espaço para todo mundo, independente do estilo.
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A banda Conde do Forró já teve diversas formações, mas foi com a sua chegada como vocalista que o grupo ganhou projeção nacional. Qual o segredo do seu sucesso? O que você trouxe de diferente para a Conde?
Então, o segredo pra mim, é amar o que você faz, ter fé e acreditar que vai dar certo, ou melhor, que já deu certo! E o que eu levei de diferente pro Conde foi o meu amor pela música. Como falei anteriormente, eu não consigo me ver fazendo outra coisa a não ser o que eu amo, que é cantar!
Hoje o nome 'Japinha' é tão grande ou até maior que da própria banda que você faz parte. Pensa em seguir carreira solo algum dia?
Isso nunca passou pela minha cabeça! O Conde foi o divisor de águas na minha vida, por isso, não me vejo seguindo carreira solo. O meu desejo é continuar levando a minha música para o povo brasileiro.
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Você já gravou com muitos cantores, como Tierry, Felipe Araújo, Maiara e Maraísa e Xand Avião... Tem algum feat dos sonhos que ainda quer gravar?
Nossa, tenho um grande sonho, que é gravar com o Prince Royce. Quem sabe um dia eu não realize? Sonhar não custa nada, não é? (risos)

Como é a sua rotina? O que você faz quando não está cantando?

Graças a Deus eu tenho trabalhado muito. Dia 9 lançamos o álbum 'Na Cama Maltrata' com 19 faixas e no dia 22 tem o lançamento do clipe que da o nome ao álbum. Confesso que estou apaixonada por este projeto que está lindo e espero muito que meus fãs amem. Já estou gravando com outros cantores e vem muitas novidades em 2021. Então quando não estou cantando, estou trabalhando cada vez mais para deixar os fãs do Conde do forró sempre com novidades.
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As suas músicas se tornaram sucesso especialmente na internet, durante a pandemia, quando os shows estão pausados. Você já tem planos para quando os eventos retornarem?
Não vejo a hora dos shows voltarem, encontrar meus fãs de pertinho, sentir o carinho e calor do público. Quero muito subir nos palcos do Brasil e alegrar essa nação. Mas claro que tudo no seu tempo. Este momento exigem medidas de proteção, então vamos nos cuidar, usar máscara, lavar as mãos, porque logo logo estaremos nos palcos levando alegria para todos.
Além de cantora, você também compõe. Suas composições são baseadas em experiências pessoais? Você realmente 'desconta a raiva na cachaça'?
Desconto nada (risos)! É só modo de falar. Mas de vez em quando a gente toma uma (gargalha). E as minhas composições são baseadas nas histórias de muitas vidas. De vez em quando acaba saindo uma coisinha de nós mesmos.
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Você é uma das compositoras da música 'Amor Abusivo'. já viveu um relacionamento assim?
Mulher nenhuma merece viver um relacionamento abusivo, e se você vive em um, peça ajuda aos amigos, denuncie. Mas não acabe com a sua vida, você não merece!
Você prefere namoro ou um 'romance desapegado'?
Acredito que isso são fases da vida. Nós temos que viver tudo, romance desapegado, romance apegado, paquera, namoro. Mas sempre lembrando que as mulheres devem ser respeitadas e bem tratadas.
 
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Você está solteira?
Solteira, só que não (risos). E você Fábia, tô curiosa, tu é solteira ou não, conta pra gente?
(Risos). Japinha, você é a entrevistada de hoje (gargalhadas). Quem são seus maiores ídolos na música?
Conde do Forró, mas tem muita gente que eu gosto e respeito demais. Maiara e Maraisa, Xand Avião e muitos outros.
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Você já está rica? Trocou o Corote por Whisky 12 anos?
Rica não, mas quero ficar! E o Corotinho não dá pra trocar, a não ser que o whisky queira me patrocinar (risos).
Você parou os estudos para ingressar na carreira musical. Pensa em retomar?
Sim parei, mas quero voltar, e aconselho a todos estudarem, a se aperfeiçoarem porque é super importante!
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Como foi sua infância e a experiência de ir morar sozinha em outro estado para tentar a carreira de cantora?
A minha infância foi maravilhosa, brinquei, me diverti como toda criança. Ir morar sozinha foi um grande desafio, mas foi para realizar um sonho.