Na edição deste domingo (16), publicamos uma entrevista exclusiva com o governador Wilson Witzel. Por duas vezes, em atos falhos, ele riu de si próprio ao confundir Palácio Guanabara com Planalto. Ainda que 2022 pareça distante, o ex-juiz não esconde que quer ver seu nome indicado pelo PSC à presidência da República.
Mesmo com o estado do Rio enfrentando séria crise financeira, Witzel cultiva boas relações com outros governadores dos chamados "estados endividados". Ele ainda aposta que Bolsonaro receberá o grupo para discutir soluções conjuntas.
No sentido de estreitar diálogo, Witzel convidou o governador de São Paulo, João Doria, para passar o carnaval no Rio de Janeiro. "Nós temos muita coisa em comum", disse. Na cabeça de Witzel, não faz sentido Rio e São Paulo disputarem interesses comuns. "Ora, os paulistas têm escritório de representação pelo mundo, nós também. Vamos somar".
Até a velha ideia do trem que liga as duas capitais foi ressuscitada. "Vamos retomar o projeto. Segundo o ministro Tarcísio (Infraestrutura), um trem de alta velocidade que faria o trajeto em 1h05 ou 1h10 seria um avanço significativo nos transportes, pois a ponte aérea tem dois aeroportos complexos. Se imaginarmos daqui a 10 anos, como vamos estar em termos de economia evoluída, os aeroportos serão sobrecarregados. Um trem ajudaria muito no desenvolvimento e, quem sabe no futuro, chegando até Belo Horizonte".
Antes que o colunista tomasse a iniciativa de mais perguntas, o governador concluiu "integração vem em um bom momento e, antes que você me pergunte, não tem nada a ver com a disputa da eleição presidencial". (risos)