O vice-presidente da república, general Hamilton MourãoAlan Santos / PR

O general Hamilton Mourão está mais inclinado do que nunca a levar as botas para a terra natal. Na mochila, nada de planos para uma nova aventura no Poder Executivo: ele pensa mesmo é em se lançar como candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul. A farda do vice-presidente vinha embalando os sonhos — e pesadelos! — de muitos fluminenses, que o viam como um grande adversário da campanha de reeleição do governador Cláudio Castro (PL). Afinal, a tendência seria a de dividir os votos da direita. 
Com a opção pelo Sul, ficam órfãos os bolsonaristas que já ensaiavam um motim contra o Palácio Guanabara — com críticas nem tão veladas assim, além de requerimentos de informação e outros instrumentos de pressão.
A união com Pedro Paulo
O alto comando do União Brasil — fruto da fusão do PSL com o DEM — está empenhado em encontrar uma solução para conter o quase certo esvaziamento do novo partido caso o diretório fique com o prefeito de Belford Roxo, Wagner Carneiro, o Waguinho. E o próprio governador Cláudio Castro entrou na jogada, de olho nos preciosos fundo partidário e tempo de TV da legenda. Castro se ofereceu como fiel da entrega da sigla ao secretário de Fazenda carioca Pedro Paulo (DEM) — mas, em troca, pediu o comprometimento desde já do grupo de Eduardo Paes (PSD) com a sua candidatura. A turma, no entanto, quer garantir sua liberdade, sem firmar compromissos. As conversas continuam.
Debandada em Brasília
Se o comando do diretório fluminense do União Brasil realmente ficar com Waguinho, é pule de dez que a sigla já começa… desunida. Da bancada de 12 eleitos pelo PSL em 2018, nem mesmo Gurgel — vice-presidente estadual da sigla — está disposto a ficar.
 
Encontros quinzenais no Palácio Guanabara

Cláudio Castro em encontro com evangélicosReprodução

 Na sexta-feira, o governador Cláudio Castro (PL) tomou seu primeiro café da manhã com pastores evangélicos, organizado pelo deputado federal Otoni de Paula (PSC). Castro, que é católico fervoroso, pediu para Otoni repetir o convescote quinzenalmente. O parlamentar foi incumbido da missão de construir pontes entre o Palácio Guanabara, evangélicos e bolsonaristas.
Na raia da centro-esquerda
 Tem gente por aí apostando que, apesar dos bons resultados nas pesquisas, o deputado Marcelo Freixo (PSB) não vai conseguir se consolidar como nome de centro-esquerda. Como se diz no jargão, o ex-PSOL teria um "teto". E justamente por causa disso ele correria o risco de perder um de seus maiores ativos, o apoio do ex-presidente Lula, já que o foco do PT é Brasília.
 
A voz do dono e o dono da voz
Com o avanço da vacinação, muitos vereadores voltaram a frequentar presencialmente a Cinelândia. O sistema híbrido, no entanto, continua valendo — e causando desconforto, já que alguns parlamentares insistem em discursar... com a câmera fechada.
Picadinho
Nesta semana, a Câmara de Vereadores testa um novo aplicativo. Em breve, será possível protocolar projetos e pedir apoio pelo celular.
Aliás, a Casa promove, amanhã, às 16h30, audiência pública para discutir a ampliação das políticas de saúde animal.
Na terça-feira, acontece a aula inaugural do projeto esportivo para crianças da Cidade de Deus organizado pelo Barra Presente.
O Museu da Imagem e do Som do Rio vai eternizar a voz de Adelzon Alves, o "Amigo da madrugada". Será dele o próximo Depoimento para a Posteridade, gravado amanhã.
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