Presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiróz foi eleito primeiro vice-presidente da Asociación de Las Américas de Supermercados (ALAS), posto que não era ocupado por um brasileiro há 17 anos. O carioca é ainda cofundador da Rio Innovation Week, a maior conferência de tecnologia e inovação no mundo, e embaixador de turismo do Rio de Janeiro. Entre as realizações de sua gestão de 8 anos está a criação do Conecta Varejo, que originou a Rio Innovation Week.
SIDNEY: Muitas famílias brasileiras ainda estão endividadas, as vendas dos supermercados foram afetadas?
FÁBIO: Se nos basearmos nos números de maio recentemente divulgados pela PMC-IBGE, vemos que, no Rio de Janeiro, as vendas dos supermercados apresentaram alta de 8,2% em termos reais, em seu 11º mês de crescimento consecutivo, contribuindo para o indicador do varejo em geral no estado, que foi de mais de 2,2%. O resultado do setor é positivo, inclusive, em todo o país, com vendas em nível nacional alcançando crescimento de 11,6%. Mas, apesar do desempenho positivo, o crescimento das vendas no RJ ficou apenas na 10ª posição entre 12 unidades federativas pesquisadas.
A taxa de juros no Brasil é uma das mais altas do mundo. O setor defende redução por parte do Banco Central?
É importante levar em consideração que juros baixos trazem investimentos, aumentam a arrecadação e permitem que a população procure diversificar seus gastos e realizar investimentos. Esperamos que, no futuro próximo, o Banco Central reavalie esse parâmetro levando em consideração que a economia brasileira precisa de sacrifícios, mas também de responsabilidade com os mais pobres.
O senhor é o idealizador do Rio Innovation Week. O que o setor varejista está buscando quando discute tecnologia para o futuro?
O setor varejista está constantemente buscando ferramentas para melhorar a experiência do consumidor, reduzir riscos como perdas e rupturas e, consequentemente, aumentar sua margem de lucro. Sem dúvidas, a tecnologia é uma grande aliada nesse sentido. A aposta do momento, por exemplo, é o Retail Media, uma tecnologia que leva para dentro dos supermercados uma infinidade de possibilidades, desde a divulgação de produtos do setor, passando por informações relevantes dos produtos para os clientes, melhorando a experiência de compra, até mesmo produtos de outros segmentos como novelas, filmes, lançamentos de carros e por aí segue uma lista extensa já que o supermercado é um ponto de atração de um público frequente e variado. O Retail Media é o negócio dentro do negócio que, se bem explorado, pode minimizar uma operação dura e de margem baixíssima. Sendo assim, uma excelente oportunidade para os supermercadistas e os players do mercado como um todo.
A Asserj possui algum programa de sustentabilidade?
O varejo está sempre preocupado com a sustentabilidade. Aproveito para destacar a campanha das sacolas plásticas, onde a ASSERJ, idealizadora do projeto, atua fortemente junto aos supermercadistas na conscientização e implementação de campanhas de incentivo voltadas para os consumidores. Nossa missão é fazer com que a sociedade compre a ideia de diminuir significativamente a utilização de sacolas plásticas no ato da compra, recorrendo às ecobags já disponíveis na maioria das lojas.
O e-commerce, que teve impulso pós-pandemia, continua crescendo?
Continua crescendo e, paralelamente, atuando como um canal complementar de vendas, onde funciona como um hub de promoções, informações e criações de clube de vantagens. Aqueles que souberem atuar no “phygital” (físico, em inglês, e digital) – equilibrando o físico com o on-line de forma inteligente e criativa -, alcançará os melhores resultados.
Que tipo de mão de obra o setor supermercadista busca hoje?
Ao mesmo tempo que sabemos que os supermercados apresentam alta rotatividade de colaboradores, é um dos segmentos que mais oferece oportunidades de carreira. Temos diversas histórias de profissionais que iniciaram como repositores ou ASG (Auxiliar de Serviços Gerais) e hoje ocupam cargos de liderança, fazendo toda a sua trajetória profissional no supermercado. Claro que o ideal é buscar por colaboradores qualificados e com intenção de se dedicar ao emprego. De olho nessa demanda, firmamos parceria com a Marinha onde colocamos fuzileiros navais, que por algum motivo não podem continuar na Marinha, e estão à disposição de contratação por parte dos supermercadistas, que terão uma mão de obra qualificada, ética e com um senso de responsabilidade que o setor precisa. Paralelamente, temos a Escola ASSERJ, que criamos não somente para capacitar colaboradores dos nossos associados, como abrimos diversos cursos para quem ainda não é do setor e busca se qualificar para concorrer às oportunidades que os supermercadistas abrem com frequência. Como associação, acreditamos que o desenvolvimento educacional é a base de uma sociedade produtiva. Por isso, este projeto tem grande importância para nós, pois estamos não somente servindo aos nossos associados, mas à sociedade fluminense como um todo.
FÁBIO: Se nos basearmos nos números de maio recentemente divulgados pela PMC-IBGE, vemos que, no Rio de Janeiro, as vendas dos supermercados apresentaram alta de 8,2% em termos reais, em seu 11º mês de crescimento consecutivo, contribuindo para o indicador do varejo em geral no estado, que foi de mais de 2,2%. O resultado do setor é positivo, inclusive, em todo o país, com vendas em nível nacional alcançando crescimento de 11,6%. Mas, apesar do desempenho positivo, o crescimento das vendas no RJ ficou apenas na 10ª posição entre 12 unidades federativas pesquisadas.
A taxa de juros no Brasil é uma das mais altas do mundo. O setor defende redução por parte do Banco Central?
É importante levar em consideração que juros baixos trazem investimentos, aumentam a arrecadação e permitem que a população procure diversificar seus gastos e realizar investimentos. Esperamos que, no futuro próximo, o Banco Central reavalie esse parâmetro levando em consideração que a economia brasileira precisa de sacrifícios, mas também de responsabilidade com os mais pobres.
O senhor é o idealizador do Rio Innovation Week. O que o setor varejista está buscando quando discute tecnologia para o futuro?
O setor varejista está constantemente buscando ferramentas para melhorar a experiência do consumidor, reduzir riscos como perdas e rupturas e, consequentemente, aumentar sua margem de lucro. Sem dúvidas, a tecnologia é uma grande aliada nesse sentido. A aposta do momento, por exemplo, é o Retail Media, uma tecnologia que leva para dentro dos supermercados uma infinidade de possibilidades, desde a divulgação de produtos do setor, passando por informações relevantes dos produtos para os clientes, melhorando a experiência de compra, até mesmo produtos de outros segmentos como novelas, filmes, lançamentos de carros e por aí segue uma lista extensa já que o supermercado é um ponto de atração de um público frequente e variado. O Retail Media é o negócio dentro do negócio que, se bem explorado, pode minimizar uma operação dura e de margem baixíssima. Sendo assim, uma excelente oportunidade para os supermercadistas e os players do mercado como um todo.
A Asserj possui algum programa de sustentabilidade?
O varejo está sempre preocupado com a sustentabilidade. Aproveito para destacar a campanha das sacolas plásticas, onde a ASSERJ, idealizadora do projeto, atua fortemente junto aos supermercadistas na conscientização e implementação de campanhas de incentivo voltadas para os consumidores. Nossa missão é fazer com que a sociedade compre a ideia de diminuir significativamente a utilização de sacolas plásticas no ato da compra, recorrendo às ecobags já disponíveis na maioria das lojas.
O e-commerce, que teve impulso pós-pandemia, continua crescendo?
Continua crescendo e, paralelamente, atuando como um canal complementar de vendas, onde funciona como um hub de promoções, informações e criações de clube de vantagens. Aqueles que souberem atuar no “phygital” (físico, em inglês, e digital) – equilibrando o físico com o on-line de forma inteligente e criativa -, alcançará os melhores resultados.
Que tipo de mão de obra o setor supermercadista busca hoje?
Ao mesmo tempo que sabemos que os supermercados apresentam alta rotatividade de colaboradores, é um dos segmentos que mais oferece oportunidades de carreira. Temos diversas histórias de profissionais que iniciaram como repositores ou ASG (Auxiliar de Serviços Gerais) e hoje ocupam cargos de liderança, fazendo toda a sua trajetória profissional no supermercado. Claro que o ideal é buscar por colaboradores qualificados e com intenção de se dedicar ao emprego. De olho nessa demanda, firmamos parceria com a Marinha onde colocamos fuzileiros navais, que por algum motivo não podem continuar na Marinha, e estão à disposição de contratação por parte dos supermercadistas, que terão uma mão de obra qualificada, ética e com um senso de responsabilidade que o setor precisa. Paralelamente, temos a Escola ASSERJ, que criamos não somente para capacitar colaboradores dos nossos associados, como abrimos diversos cursos para quem ainda não é do setor e busca se qualificar para concorrer às oportunidades que os supermercadistas abrem com frequência. Como associação, acreditamos que o desenvolvimento educacional é a base de uma sociedade produtiva. Por isso, este projeto tem grande importância para nós, pois estamos não somente servindo aos nossos associados, mas à sociedade fluminense como um todo.
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