Segundo Janaína Albuquerque, o Rio é um dos estados que mais recebe crianças de outros países Tomaz Turra

Dados do Ministério da Justiça informam que foram recebidos 276 pedidos de regresso de crianças residentes no exterior que foram trazidas para o Brasil, sem o consentimento do outro genitor, entre 2021 e 2024. Grande parte dos casos envolve mães brasileiras que retornam com os seus filhos em busca de proteção contra violência doméstica. De acordo com a Advocacia Geral da União (AGU), considerando todas as ações levadas à Justiça desde 2018 (em andamento e encerradas), os estados que mais recebem crianças subtraídas de outros países foram: São Paulo (45 casos), Rio de Janeiro (20), Paraná (15), Minas Gerais (13) e Santa Catarina (12). Janaína Albuquerque, advogada e coordenadora jurídica da organização Revibra Europa, que oferece assistência a mulheres migrantes vítimas de violência doméstica no exterior, diz que "a violência doméstica é o principal tema de discussão em relação à subtração internacional de crianças no Brasil e no mundo. A Convenção de Haia de 1980 foi criada no final da década de 70, quando ainda não havia subsídios normativos para entender que a violência cometida contra as mães é, também, uma violência sofrida pelos filhos". Janaína contribui com um capítulo sobre este tema para o livro 'Alienação Parental Sob uma Perspectiva Crítica: Discussões Psicossociais e Jurídicas', da Editora Appris, que será lançado no dia 3 de fevereiro, às 19h, na Livraria da Travessa, em Brasília.
Violência no Degase mobiliza Alerj

Unidade do Degase na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de JaneiroReprodução/ Google Maps

Após denúncias da imprensa, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj exigiu explicações do Degase sobre tortura nos internos, ações para proibir a violência e reestruturação da segurança. "É inaceitável que centros para a ressocialização se tornem palco de barbáries. Não é novidade, mas ainda choca ver tamanha violência, ainda mais com menores", afirma a presidente da Comissão, deputada Dani Monteiro (PSOL).
Emendas: Hortas recebem R$ 1,6 milhão
O deputado federal Eduardo Bandeira de Mello (PSB) destinou R$ 1,6 milhão para o projeto 'Hortas Escolares e Comunitárias', da Secretaria Municipal de Educação do Rio. Além de fornecer alimentação saudável às famílias, o programa gera renda ao incentivar a atividade em outros espaços comunitários.
Jogos de azar na mira da Alerj
A deputada Marina do MST (PT) tem dois projetos sobre jogos de azar na Alerj. O 'Programa de Prevenção aos Jogos de Azar e Apostas' envolve as Secretarias de Saúde e de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos para proteger a saúde física e mental. O outro é o 'Programa Educacional Fim de Jogo', sob comando da Secretaria de Estado da Educação, para conscientizar crianças e adolescentes sobre os males dos jogos de azar e apostas.
PICADINHO
O presidente da Fecomércio-RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, recebeu a medalha Mérito Operações Policiais Especiais, na sede do Bope, em Laranjeiras.
Alunas do Polo Educacional Sesc, Vitoria Scalco, Aline Santos, Nayane Bispo e Paula Pedrini alcançaram 960 pontos no Enem 2024. Um dos fatores foi o tema da redação 'Desafios para a valorização da herança africana no Brasil', assunto trabalhado pela escola durante o ano.
Em comemoração aos 38 anos do grupo Nós do Morro, a 'Mostra de Teatro 38 Anos' realiza, de amanhã a 16 de fevereiro, quatro espetáculos no Morro do Vidigal.