Equipe do governo fluminense detalhou, em junho, as medidas do novo regime para os Poderes estaduaisOctacílio Barbosa/Divulgação Alerj
O tema está sendo tratado pela equipe fazendária do Estado do Rio de Janeiro com a União, assim como os demais tópicos exigidos pelo novo Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
A área técnica do governo fluminense já elaborou estudo mostrando o potencial de arrecadação com as seguintes alternativas: a cobrança dos 14% para quem ganha a partir de um salário mínimo (R$1.100); de dois salários mínimos (R$2.200); ou de três. A nota técnica também considera a hipótese de se manter a regra atual, isentando todos com remuneração abaixo do teto do Regime Geral de Previdência Social.
O martelo será batido a partir das diretrizes vindas de Brasília, tendo em vista que a adesão definitiva do Rio ao regime fiscal depende do aval da Presidência da República.
A ideia de taxar esse grupo de inativos pode ainda não vingar. A chance de existir essa nova cobrança, inclusive, já está sendo muito criticada pelo funcionalismo. O tema também tem sido debatido pelo governo com os Poderes Judiciário e Legislativo, além do Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Contas.
Caso o projeto avance, a alíquota de 14% será aplicada sobre o valor que exceder o novo teto, considerando a regra que vale atualmente. Por exemplo, se o montante de R$ 3.300 passar a ser referência, o desconto previdenciário de quem ganha R$ 4.000 incidirá sobre a diferença entre esses valores, que é R$ 700.
A maior parte das categorias teve o último reajuste em 2014 e, desde então, está com a remuneração congelada.
Deputados ressaltam o desgaste que será provocado pela votação dos projetos, como a reforma previdenciária e o fim dos triênios. Por isso, buscam costurar com o Executivo o reajuste para o funcionalismo antes da análise das matérias.
As medidas que passarão a constar no Plano de Recuperação Fiscal do Rio de Janeiro (PRF), a ser entregue futuramente ao Ministério da Economia, estão sendo discutidas em encontros quinzenais entre o governo e o Conselho Consultivo, formado por Judiciário, Legislativo, MP, Defensoria, TCE e Procuradoria Geral do Estado.
A próxima reunião será amanhã e alguns temas do encontro já estão definidos. Será tratada a recomendação feita pelo grupo para que o teto de gastos de 2022 tenha como base o Orçamento de 2021.
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