Por bianca.lobianco
Danielle DahouiDivulgação

Rio - ‘É muito bom ver a transformação das pessoas. Vejo isso nos meus restaurantes. Chegam sem confiança, daí três meses depois estão empoderados. Apertam sua mão com força. É um tesão. Acredito que todo mundo tem chance de dar certo. Basta escolher o que deseja fazer e ter bons professores. Aí deslancha, vai com tudo”, garante a chef Danielle Dahoui, a primeira mulher no mundo a comandar o reality de gastronomia ‘Hell’s Kitchen — Cozinha Sob Pressão’, que possui versão em 15 países e chega ao fim neste sábado, às 21h30, no SBT. “Fiquei honrada com a escolha. Adoro esses programas. Inclusive sou superfã do ‘MasterChef Brasil’, fanzoca da Paolla (Carosella), acho-a tudo de bom, e a Ana Paula (Padrão) também”.

O último episódio traz muita emoção e altas temperaturas. Os finalistas Cris, Gabriel e Maílson vão passar pelo crivo da chef novamente, mas o que decidirá a prova é o paladar dos convidados. Danielle conta que o resultado será surpreendente. “O diferente dessa prova é que, na final, eu já estava completamente envolvida com todos. Seria muito difícil escolher. Então, foi uma escolha feita pelos convidados, as pessoas que estavam lá jantando. Foi muito bacana”.
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A chef revela ainda que a primeira etapa da prova, que teve sua participação e de onde saíram dois finalistas, foi às cegas. “Eu não tinha a menor ideia de quem tinha feito o quê. Escolhi só pelo sabor. Depois, o grande vencedor foi escolhido por votação. Achei justo e gosto de coisas justas. Foi realmente o que a maioria escolheu”, diz a chef. “Dizem que Deus está no povo, então, foi uma escolha totalmente divina”, completa.
Danielle lembra que, quando recebeu o convite para o programa, teve receio em aceitar. “Sempre achei esse programa meio grosseiro, e eu sou totalmente contra grosseria. Mas quando falaram que eu seria a primeira chef mulher do mundo a estar ali, isso me fez topar na hora”, esclarece.
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Numa cozinha, diz a chef, nem tudo são ervas e aromas. “É uma pressão muito grande. Cozinhas como as minhas, por exemplo. Esses sete bistrôs que fiz ao longo de 21 anos. Cada cliente pede um prato diferente, e você precisa fazer com que eles saiam todos juntos, quentes, gostosos, lindos e tesudos. Cada um tem um tipo de cocção diferente. Com calor, faca, tempo limitado. É exaustivo”.
Por isso mesmo, o foco da chef é trabalhar com amor. “Acho que você não precisa ser grosseiro, nem humilhar ninguém. A cozinha deve funcionar harmonicamente para que a energia seja boa e o prato saia maravilhoso”, ensina.
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Muito exigente, a virginiana de 48 anos, sendo 23 deles dedicados à gastronomia, conta que falta de compromisso e dedicação tiram seu humor. “Tive e tenho que ser rígida e impor limites muitas vezes. Mas prefiro sempre alto-astral, bom humor, felicidade. Quando tenho que ficar brava, fico brava, porque sou bem-humorada. Chego feliz pra trabalhar”, diverte-se.
Danielle está satisfeita com o momento profissional e adianta que o reality terá uma nova temporada em 2017, com gravações previstas para julho. “Fui picada por esse bichinho da TV, quero continuar no ar. Mas pode ser que apareça um outro programa antes no SBT pra eu fazer”, faz suspense.
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