Banda Melim
Banda MelimFelipe Carzo
Por Juliana Pimenta
Rio - O trio de irmãos mais queridinho do Brasil está com álbum novo na rua. 'Amores e Flores' traz mais um pouco da intimidade do grupo niteroiense, que ganhou o Grammy Latino 2020 pelo álbum 'Eu Feat Você', na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo. Para os jovens, que tiveram visibilidade após participar de um reality show da Globo, a premiação foi a realização de um sonho. "Chique demais. Quando recebemos a notícia de que fomos indicados, fomos ao céu. É uma premiação imponente, importante. E é um dos sonhos que a gente já cultivava. É a tradução de que a gente chegou onde esperava. E ainda recebemos o convite para nos apresentar, e isso foi o surto. A gente se sentiu muito honrado", conta Gabi.


"Todas essas conquistas fazem você voltar um pouco e ficar nostálgico. Passou a nossa história na cabeça, de quando decidimos fazer música. De quando abrimos mão de qualquer coisa para viver o nosso sonho. A gente teve vários nãos, assim como vários artistas. É como se fosse uma coroação. A gente se sentiu ganhador independente do resultado. Ser indicado foi mais especial do que saber se a gente ia ganhar ou não", completa Diogo.

Nova etapa

E, nessa nova etapa, o trio teve que se reinventar para o lançamento de 'Amores e Flores', principalmente por conta da intensa rotina de apresentações durante a preparação do álbum. "As músicas foram feitas em 2019, naquela loucura de shows, tendo que fazer muitas canções em viagens e hotéis. A gente também sabe dos prazos. Tem gente que fala: 'Cara, isso é muito cruel, essa coisa de ter que compor tantas músicas'. Mas a gente é perfeccionista também, a gente quer sempre as melhores músicas para entregar o melhor álbum possível. Eu estou bem satisfeito com o resultado. Acho que conseguimos músicas bem relevantes e bonitas", diz Rodrigo.

Diogo, por sua vez, entrega parte do processo de gravação das canções. "Boa parte das vozes gravamos em casa. Isso foi um processo que a gente descobriu na pandemia por pura necessidade, e rolou super bem. Ouço as coisas gravadas, algumas feitas em estúdio e algumas feitas em casa, e não vejo tanta diferença. Algumas que foram gravadas em casa acho até melhores, por uma questão artística. Óbvio que a qualidade do estúdio sempre vai ser tecnicamente melhor. Mas você gravar em casa, depois de acordar, em um domingo de manhã... É outra energia", revela o artista, que atenta para a diferença discrepante entre o momento de lançamentos dos dois últimos trabalhos do grupo.

"As pessoas receberam o primeiro álbum em um período muito mais difícil do que o que elas vão receber agora. Querendo ou não, por mais que a gente ainda não tenha sido vacinado, acho que com a chegada da vacina as incertezas diminuem. Então mesmo que as músicas fossem iguais, já seriam recebidas de maneira diferente por esse motivo", completa.