Linn da Quebrada defende ideologia de gênero em conversa com Pedro Scooby no 'BBB 22'Reprodução/Globoplay

Rio - Com o Top 10 do "BBB 22" oficialmente formado, os participantes do reality show curtiam uma tarde tranquila de sol quando iniciaram uma conversa séria sobre ideologia de gênero e representatividade. Durante o bate-papo, Linn da Quebrada defendeu a importância das escolas mostrarem corpos diversos como uma forma de acabar com o preconceito.
"Por ter essa inversão, isso já chama a nossa atenção. Em todas as figuras que a gente vê, é a representação do corpo branco, biologicamente... A gente não vê outros corpos, a gente não vê outro tipo de beleza, a representação de um corpo negro, de um corpo com vitiligo", criticou a cantora. "Se isso minimante é falado, vai se naturalizando, né? Quando a gente encontra com esses corpos, não fica uma coisa sobrenatural. A gente entende, sabe que existe pessoas com vitiligo, com deficiência, sabe que existem corpos gordos", afirmou.
Em seguida, Pedro Scooby deu sua opinião sobre uma obra que deveria integrar a base curricular das escolas, citando um livro do escritor Yuval Noah Harari que discute a trajetória da humanidade na Terra e a evolução de certos hábitos e costumes. "Depois que eu li, eu comecei a achar isso: todo adolescente [...] tinha que ler aquele livro 'Sapiens'", declarou o surfista.
Depois, Lina afirmou que já enxerga uma "ideologia de gênero" sendo ensinada nas escolas, porém, de maneira não-inclusiva: "Já existe uma ideologia de gênero que é passada nas escolas e que é de maneira muito estreita. O que a gente quer é ampliar, não é apagar essa história. É falar: 'Assim como existem esses corpos, existem outros corpos também'. É naturalizar para que a gente não se torne uma aberração aos olhos dos outros. É tão simples", disse a atriz.
"A sociedade quer que se cresça dentro desse molde que a sociedade impõe", concordou Scooby. "Porque isso é mais fácil, mais disciplinar. É mais fácil de disciplinar, doutrinar, de colocar no eixo também", respondeu a sister, ao que o surfista lamentou. "Triste, cruel, mas real", completou Lina.