Klara Castanho completou 22 anos Reprodução Internet

Rio - O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) arquivou a investigação do caso Klara Castanho. Em junho do ano passado, após ter uma gravidez exposta na mídia sem sua autorização, a atriz afirmou ter sido ameaçada por uma enfermeira após dar à luz o bebê, fruto de uma violência sexual. 
Em nota, o órgão afirmou que "não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes". O Conselho realizou sindicância sobre o suposto vazamento de informações sigilosas no Hospital Brasil a partir das informações divulgadas pela atriz nas redes sociais. 
"O Coren-SP seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, colhendo depoimentos, porém as provas analisadas não comprovaram a participação da enfermagem no vazamento das informações. A atriz foi procurada através de sua assessoria para apresentação de sua versão dos fatos, porém não se manifestou", diz o documento.
O órgão afirma ainda que o arquivamento por falta de provas não quer dizer que as ameaças à atriz não aconteceram. "O fato de o processo ter sido arquivado por ausência de provas comprobatórias do envolvimento da enfermagem não significa que o Coren-SP afirme categoricamente que ele não ocorreu. Por isso, permanece à disposição da atriz, caso seja de seu interesse prestar diretamente ao conselho informações que possam complementar as investigações realizadas até o momento". 
Quando teve a gravidez exposta em sites de fofoca, em junho do ano passado, Klara Castanho publicou uma carta aberta em que contou ter sido vítima de estupro, depois constatou estar grávida e optou pela entrega voluntária da criança para adoção. De acordo com a atriz, uma enfermeira teria feito um comentário, ainda na sala de parto, sobre o vazamento da informação para sites de fofoca.
Entenda
Klara Castanho revelou ter engravidado após estupro e entregue a criança à adoção, seguindo os trâmites legais, através de uma carta aberta publicada no Instagram, no dia dia 25 de junho. Em seu desabafo, ela disse ter sido ameaçada por uma enfermeira.
"No dia em que a criança nasceu, eu, ainda anestesiada do pós-parto, fui abordada por uma enfermeira que estava na sala de cirurgia. Ela fez perguntas e ameaçou: 'Imagina se tal colunista descobre essa história'. Eu estava dentro de um hospital, um lugar que era para supostamente me acolher e proteger. Quando cheguei no quarto já havia mensagens do colunista, com todas as informações. Ele só não sabia do estupro. Eu ainda estava sob o efeito da anestesia. Eu não tive tempo para processar tudo aquilo que estava vivendo", contou a artista.
A atriz precisou vir a público após Antonia Fontenelle expor seu caso em uma live no YouTube. A apresentadora citou uma entrevista em que o colunista Leo Dias, do "Metropoles", falava sobre uma atriz da Globo que teria rejeitado o filho logo após o nascimento do bebê. A jovem chegou a ficar entre os assuntos mais comentados do Twitter na ocasião, enquanto internautas levantavam suspeitas de que ela fosse a artista em questão.