Alexandre PiresGlobo/Fábio Rocha
Escritório que gerencia carreira de Alexandre Pires se pronuncia sobre operação da PF
Cantor foi alvo de busca e apreensão em investigação que apura suposto envolvimento em esquema de garimpo ilegal
Rio - Após Alexandre Pires ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), a empresa Opus Entretenimento, responsável pela gestão da carreira do cantor, divulgou um comunicado, nesta terça-feira (5), a respeito da investigação que apura o suposto envolvimento do artista em um esquema de financiamento e logística ao garimpo ilegal nas terras indígenas Yanomami. Em nota, o escritório afirmou não ter conhecimento de qualquer atividade ilícita e se solidarizou com o sambista.
"A Opus Entretenimento, presente há 47 anos no mercado de eventos, fomentando há décadas a cultura e o entretenimento no país, vem a público informar que desconhece qualquer atividade ilegal supostamente relacionada a colaboradores e parceiros da empresa", iniciou o documento.
Na sequência, a empresa falou sobre a relação com o cantor: "Em relação a Alexandre Pires, uma das grandes referências da música brasileira, a Opus manifesta sua solidariedade ao artista, confiando em sua idoneidade e no completo esclarecimento dos fatos. A Opus mantém o seu compromisso de promover a cultura e levar o entretenimento ao público brasileiro", finalizou.
Até o momento, o cantor e compositor mineiro não se manifestou a respeito do caso.
Entenda
Nesta segunda-feira (4), o cantor Alexandre Pires foi alvo de uma operação de Polícia Federal que busca desarticular um esquema de financiamento e logística ao garimpo ilegal nas terras Yanomami. Segundo o inquérito, o artista teria recebido ao menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. A PF cumpriu um mandado de busca e apreensão no cruzeiro onde o cantor se apresentava, no litoral de Santos.
Na operação da PF, chamada Disco de Ouro, são cumpridos dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista e Mucajaí, em Roraima, além de São Paulo e Santos (SP), Santarém/PA, Uberlândia/MG e Itapema/SC. Ainda segundo a nota da polícia, "também foi determinado o sequestro de mais de R$ 130 milhões dos suspeitos".
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