Kevin O Chris é dono de hits como Papin, Faz Um Vuk Vuk (Teto Espelhado) e Tá OKDivulgação/ Pvpic
Kevin O Chris comemora convite para festivais e revela segredo para sucesso
Fenômeno do funk, que sonha em tocar com Beyoncé, fala sobre sua inspiração na Baixada Fluminense
Rio - Nascido em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Kevin O Chris é um verdadeiro fenômeno do funk. Dono de hits como "Papin", "Faz Um Vuk Vuk (Teto Espelhado)" e "Tá OK", o cantor acumula mais de 15 milhões de ouvintes mensais no Spotify e coleciona canções nas paradas musicais. Para o Meia Hora, ele revela o segredo para o sucesso, fala sobre inspirações e celebra participações nos maiores festivais do país, como Rock in Rio e Lollapalooza. Confira a entrevista!
Você é dono de diversos hits. O que te inspira em suas produções?
Minha inspiração vem das minhas vivências, da minha história desde o início como DJ lá em Duque de Caxias [Baixada Fluminense] e também de tudo o que eu vejo e escuto. Sempre busco trazer para o som aquela energia das ruas, do baile carioca, da galera, das festas. Às vezes, é um momento, uma vibe, e eu coloco isso nas letras, na batida, em tudo.
Como sabe que uma música vai fazer sucesso? Tem algum segredo?
Ah, é uma sensação inexplicável. Sempre coloco a música para tocar no meu carro antes mesmo de lançar. Vou ouvindo no caminho e penso: "Essa é a música!". Acho que o público também sempre diz. Desde o lançamento fico atento às interações e em como as pessoas estão usando minhas músicas como trilha sonora da vida delas.
Recentemente, você lançou a música 'Qual Vai Ser'. Como foi o processo de criação?
Essa é uma parceria com meu mano DJ GV de Campos, e a gente quis fazer essa mistura do funk carioca com o funk de BH. Nos últimos anos, outras vertentes do funk têm crescido bastante. Então, quero sempre estar conectado com essa galera e levar também o tamborzão carioca para essas produções.
Como se sentiu com o convite de se apresentar no Rock in Rio? O que o público pode esperar do seu show?
Satisfação enorme receber esse convite. Em 2022, estive no Rock in Rio Lisboa e foi uma experiência única, mas, sem dúvidas, me apresentar no meu país, em um dos festivais mais prestigiados do mundo, é sem comparações. Para esse ano, espero representar o funk da melhor forma, trazendo história mas também inovação e novas perspectivas, não só para o funk carioca, mas para a música brasileira.
O que representa para você tocar nos palcos dos maiores festivais de música?
Uma realização! Não só para mim enquanto artista, mas pelo o que eu represento, por tantas pessoas e outros artistas que me veem como uma esperança de que é possível chegar. E chegar sendo original, fiel às raízes e ao que eu acredito.
A música 'Tá OK' foi um sucesso e contou com uma nova versão com participação da Karol G. Como surgiu a ideia e como foi esse contato com ela?
"Tá OK" foi um dos meus maiores hits. Com a popularização do TikTok a nível mundial, a música chegou em lugares que antes eram impensáveis. Karol G ficou muito animada quando ouviu "Tá OK" e quis se juntar a nós no remix que já estávamos planejando lançar com o Maluma. Eles trouxeram uma pegada mais latina para a música e combinou demais!
Qual cantor sonha em fazer uma parceria? Por que?
Impossível dizer só um! Post Malone, Travis Scott e Beyoncé. Conheci o Post no Lollapalooza, em 2019, subi no palco a convite dele e curti muito aquele momento e de poder conhecê-lo. Do Travis eu sou muito fã! Soube que vamos nos apresentar no Rock in Rio no mesmo dia. O Trap e o Funk estão muito conectados no Rio, acho que temos muito em comum. Espero poder trocar uma ideia com ele e, quem sabe, a parceria aconteça. A Beyoncé é o sonho de qualquer artista de poder colaborar. Sei que ela usou elementos do funk no último projeto e me amarrei. Seria incrível poder criar com ela.
Sempre quis viver de música? Conta para a gente como foi esse processo?
Minha relação com a música começou na igreja, onde eu tocava bateria. Mais pra frente, quando tive contato com produção musical em uma disputa de som automotivo, vi um cara tocando na MPC e aquilo me deixou curioso. Aí comecei a pesquisar na internet para entender como produzir. Depois minha mãe comprou um computador e aí passei a levar a PC dela para as festas, fui tocando pelos eventos de Caxias e não parei mais.
Qual foi seu maior desafio na carreira artística?
Acredito que seja um desafio constante. De continuar no meu gênero musical e ser respeitado por isso, de mostrar que o funk é cultura, é resistência e que também é versátil.
Quais são seus próximos projetos?
Para esse ano, quero continuar trazendo novidades para o público, sem esquecer do gênero que me fez chegar onde estou hoje. Teremos algumas parcerias inéditas, mas também projetos solo, com a visão de continuar defendendo o funk carioca pelo Brasil e o mundo.
O que diria para o Kevin de 10 anos atrás?
Mesmo que ninguém acredite, vá mesmo assim!
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