Rio - Wagner Moura subiu no trio de Daniela Mercury neste domingo (21) na manifestação em Salvador, na Bahia, contra a PEC da Blindagem e anistia aos condenados do 8 de janeiro. O ator de 49 anos discursou sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
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"A gente teve o Bolsonaro e isso não pode acontecer nunca mais. Hoje acordei com vontade de vir aqui dizer só coisas boas, fiquei com preguiça de falar desse congresso, lei do desmatamento e lei de bandidagem. Fiquei com vontade só de falar do momento extraordinário pelo qual passa a democracia brasileira, que é exemplo para o mundo todo. A gente que cresceu dizendo 'nossa democracia é frágil', 'nossa democracia é jovem', a nossa democracia botou pra lenhar", disse o artista.
Em outro momento, Wagner Moura elogiou o eleitorado baiano por não votar em nomes alinhados com o bolsonarismo. "Que coisa linda isso aqui. Que orgulho da zorra de ser daqui da Bahia. Porque aqui extrema-direita não se cria, não. Aqui não, pai. Aqui não!"
“Porque aqui a extrema-direita não se cria” — Wagner Moura QUE ORGULHO DESSE HOMEM! TE AMO WAGUINHO pic.twitter.com/wn6aXq5Jsk
Engajado politicamente, o ator é defensor de causas progressistas e dirigiu o filme "Marighella" (2019), que conta a vida de Carlos Marighella (1911-1969), político e organizador da luta armada contra a ditadura militar. Wagner Moura declarou publicamente que era contra a reeleição de Jair Bolsonaro.
Aprovada na quarta-feira (17), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3 de 2021, a chamada da PEC da Blindagem, estabelece que deputados e senadores só poderão ser processados criminalmente após aval da respectiva casa legislativa. Artistas se manifestaram contra a decisão do congresso, entre eles Anitta, Caetano Veloso e Deborah Bloch. Atos acontecem por todo o pais em demonstração à reprovação do povo.
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