Rio - Dona de um carisma 'de milhões', Fernanda Souza, de 40 anos, está de volta ao comando do "Ilhados com a Sogra", reality show da Netflix. Com oito novos episódios divididos em duas partes, sendo os quatro primeiros já disponíveis e os demais entram na plataforma nesta quinta-feira (9), o programa traz seis famílias que enfrentam provas, dinâmicas e protagonizam momentos de emoção e tensão em uma ilha de Alagoas, em busca do prêmio final de R$ 500 mil.
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No formato, sogras, genros e noras convivem diretamente, enquanto os filhos, elo entre os participantes, acompanham tudo de um bunker. Durante a convivência, eles ainda passam por sessões com a psicóloga Shenia Karlsson e realizam outras atividades.
"É um programa muito bonito, que honra o ser humano evoluir. As famílias não estão ali apenas para competir, mas para se transformarem", comenta a apresentadora, que relata suas dificuldades à frente da atração. "Meu maior desafio sempre é ser suporte, mas ao mesmo tempo não posso ser tão presente a ponto de interferir. A minha missão é passar empatia pelo olhar".
Fernanda afirma que o reality tem o poder de inspirar o público a refletir sobre as próprias relações. "Você chora, você ri, você fica com ranço, aí você 'desrança' da pessoa porque você passa a compreender o motivo da pessoa ser assim. Você trabalha vários sentimentos, várias camadas", analisa.
A emoção, inclusive, rolou solta nas gravações, já que a apresentadora se afeiçoou às famílias competidoras. "Não posso trocar uma ideia, não posso necessariamente abraçá-los, mas a vontade que dá é essa, principalmente nas provas, porque eles ficam muito tensos e acaba que também fico tensa, acho que é por isso que eu choro, porque também fico muito nervosa por eles. Não tem como não se emocionar, isso seria muito frio da minha parte", diz.
A artista, que mantém a vida pessoal reservada, destaca a coragem dos participantes em expor dores íntimas no programa, entretanto, revela que ela não teria perfil para participar do reality, uma vez que possui uma relação harmoniosa com a mãe de Eduarda Porto, sua namorada.
"Não tive problemas com as minhas sogras. Com todas as minhas sogras tive uma relação maravilhosa, então falo que não tenho o perfil do programa. Porque a gente graças a Deus se dá muito bem. Tenho pessoas próximas que já tiveram uma relação muito difícil com as sogras e isso impacta muito o relacionamento, é muito desafiador, porque é a pessoa que deu vida para a pessoa que você mais ama no mundo", opina.
'Autoconhecimento profundo'
Uma das características desta temporada é o foco na vulnerabilidade, especialmente das sogras. A apresentadora acredita que o programa contribui para a humanização das figuras matriarcais, muitas vezes vistas como controladoras.
"Não é apenas o brasileiro que tem esse mito da sogra ser uma personagem meio vilanizada na nossa sociedade. No programa, ouvimos o lado delas, entendemos as histórias de vida e as razões que as levaram a agir de determinada forma. Isso ajuda a quebrar os estereótipos e a ver as sogras como mães, como mulheres. Libertar a mulher desse papel de 'ter que dar conta de tudo' é essencial. Ninguém dá conta de tudo. Esse programa promove um autoconhecimento profundo", afirma.
A apresentadora acredita que o reality, que alcançou o Top 10 Mundial em séries de língua não inglesa na primeira temporada, se diferencia por trazer personagens com os quais o público se identifica. "As histórias, os conflitos, as soluções, as não soluções. Eu acho que todo mundo tem uma história ou parecida na própria vida ou conhece alguém que tem uma história parecida com a história de algum daqueles participantes. Existem os conflitos com os participantes e existem os conflitos internos também. Eu acho que isso traz muita identificação e essa identificação gera uma transformação, uma conexão e eu acho que essa intenção do reality é que aquelas famílias se transformem e estimulem também a transformação de outras famílias".
'Torço pelas transformações'
Sobre a torcida, Fernandinha não hesita em demonstrar apreço pelo impacto social da produção. "Eu falo que nesse reality eu não torço pelas famílias, eu torço pelas transformações. Isso pra mim é o que me deixa com mais alegria, sabe? É escutar aqueles depoimentos das pessoas no começo, com um ranço uma da outra, com várias histórias guardadas. Acho que esse programa é profundo. Ele atravessa muitas camadas, a relação do filho, dos parceiros e acaba virando uma aula pra todo mundo de transformação e amor".
"Eu fico muito feliz mesmo de fazer parte de um projeto desse e de ver um projeto desse ganhar o coração das pessoas, porque ele fala muito sobre autoconhecimento, que é uma coisa que eu tenho estudado muito e acredito muito, é tipo uma filosofia de vida para mim. Inspirar a transformação das pessoas e ser transformação na minha vida. Então é muito bom para mim poder participar de um projeto como esse. Eu como artista fico honrada em entregar isso", conclui Fernanda.
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