Para a dermatologista Andrea Duarte, a proteção tem que acontecer o ano todo e não só no verão - Divulgação
Para a dermatologista Andrea Duarte, a proteção tem que acontecer o ano todo e não só no verãoDivulgação
Por TÁBATA UCHÔA

Rio - Verão é sinônimo de calor, praia, dias ensolarados, roupas leves e, consequentemente, pele mais exposta. Para se jogar sem medo em todas as oportunidades - praia, piscina, atividades ao ar livre - que esta época do ano pode oferecer, é preciso tomar alguns cuidados essenciais para curtir o clima e manter a pele saudável.

Mas a dermatologista Andrea Duarte é categórica ao afirmar que a preocupação com a pele deve acontecer independentemente da época do ano. "Os cuidados devem estar sempre presentes em nossa rotina. Vivemos em um país tropical e pegamos sol o ano inteiro. Hoje, já incorporamos o fato de que o protetor solar deve ser usado diariamente", diz.

Por isso, é importante saber escolher com eficiência o protetor solar. "Os moderados têm fator abaixo de 15 e são indicados para a pele negra. Os fotoprotetores têm fator 15 e os bloqueadores têm fator acima de 15. Em geral, recomenda-se o uso em torno do fator 30, que oferece uma boa proteção diária", explica Andrea.

No entanto, pessoas com pele sensível, que estão fazendo algum tipo de tratamento clareador ou vão passar por uma exposição mais prolongada devem usar protetores em torno do fator 60. As quantidades também são muito importantes. "Existe uma coisa chamada Prova da Colher. A quantidade ideal para o rosto seria uma colher de café. Para o braço, já são duas colheres. E o ideal é que inicialmente se aplique duas camadas. A reaplicação deve ser maior na praia. No dia a dia, a reaplicação pode acontecer apenas uma vez", ensina.

Com tantas recomendações, será que o sol é mesmo um vilão? "Ele é benéfico. É ele que induz a produção de vitamina D3, que é importante para mulheres na menopausa, crianças e idosos. A única forma de conseguir esta vitamina é através da pele, da exposição ao sol. E o ideal, para a vitamina D3, é a exposição no horário crítico, entre 10h e meio-dia, mas apenas por 15 minutos. Não precisa ser o corpo todo, pode ser só o braço ou a perna", recomenda.

A professora Angela Serodio, de 66 anos, segue à risca as orientações da dermatologista. "Já fui gata de praia. Hoje pego sol por vitamina D. Mas sempre com protetor, boné e só por 20 minutos", garante. "No verão, também bebo muita água. A hidratação da pele começa por aí. E também passo muito protetor, principalmente no rosto".

Andrea Duarte esclarece que os principais problemas causados pelo sol são o câncer de pele e o envelhecimento cutâneo. Mas também pode acontecer o aparecimento de brotoejas, ressecamento da pele e eritemas solares, que são queimaduras provocadas pelo sol.

"No verão, é preciso usar hidratante, que previne brotoejas e o ressecamento excessivo da pele. O ideal é que se use preferencialmente depois do banho, com a pele úmida. As pessoas costumam comprar hidratante pelo cheiro, mas isso não é recomendável. Os melhores são os sem perfume, que são dermatológicos e não oferecem risco de reação alérgica. Hidratantes que sejam à base de ureia ou ácido hialurônico são os que mais retêm água na pele e oferecem hidratação maior à epiderme".

O importante para quem quer curtir uma praia ou piscina sem problemas é se proteger e se expor nos horários recomendados. "O ideal é que a exposição aconteça antes das 10h ou depois das 16h. São os melhores horários, mas nunca se deve tomar sol sem protetor solar".

Para quem já extrapolou e virou o famoso "pimentão", não tem muito jeito. "Eritema solar e queimadura solar são consequências de uma má exposição. Ajoelhou, tem que rezar. Para diminuir o dano, pode-se usar hidratantes à base de aveia, que é calmante. Em alguns casos, recomenda-se o uso de corticóides, mas isso tem que ser analisado. Compressas com soro gelado também amenizam os efeitos do sol".

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