Iara Prado e Schuma Schumaher em manifestação em frente à Igreja da Sé, em São Paulo
 - Nair Benedicto/Divulgação
Iara Prado e Schuma Schumaher em manifestação em frente à Igreja da Sé, em São Paulo Nair Benedicto/Divulgação
Por Gabriel Sobreira

Rio - Para que os direitos das mulheres estivessem presentes na Constituição de 1988, o recém-criado Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) organizou duas grandes campanhas: uma para conseguir eleger mais mulheres para a Assembleia Nacional e outra com demandas e reivindicações de mulheres de todo o Brasil, culminando na elaboração da 'Carta das Mulheres Brasileiras aos Constituintes'.

Essa e outras ações protagonizadas por mulheres estão na exposição gratuita 'Mulheres, a Hora e a Voz - Direitos, Conquistas e Desafios', até 31 de maio, no Museu da Justiça - Centro Cultural do Poder Judiciário (CCMJ), Praça 15. "As brasileiras souberam fazer a hora, usando a potencialidade da sua voz", explica Silvia Monte, diretora do CCMJ e curadora da exposição.

Interativa, a mostra conta com um painel, onde o público poderá fazer selfies e assim integrar uma passeata do movimento feminista. Faixas com lemas de campanha como 'Quem Ama Não Mata' também estão disponíveis. Além disso, em computadores no local, é possível acessar fotos, cartazes e matérias jornalísticas. Ainda tem uma linha do tempo que pontua marcos mundiais e brasileiros do feminismo, como o ano de 1922, quando foi garantido o ingresso de mulheres ao Colégio Pedro II.

Um das mentoras desta exposição é a juíza Adriana Ramos de Mello, que em março do ano passado realizou um seminário com o tema '30 anos da Carta das Mulheres Brasileiras aos Constituintes'. A partir desse evento, a juíza, Silvia e a desembargadora Sueli Pires pensaram em fazer uma exposição no CCMJ em torno do tema. Entre as homenageadas estão: a cientista política Jacqueline Pitanguy, a pedagoga Schuma Schumaher e as advogadas Comba Marques Porto e Leila Linhares, todas envolvidas na luta pelos direitos das mulheres. "Foi muito marcante ouvir e acompanhar as histórias de cada uma delas. E conhecer os grandes desafios que elas enfrentaram, suas conquistas para que nós mulheres brasileiras passássemos a ser cidadãs de primeira categoria", resume a diretora Silvia Monte.

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