A psicoterapeuta e youtuber Isa Minatel  - Divulgação
A psicoterapeuta e youtuber Isa Minatel Divulgação
Por O Dia
Uma pesquisa realizada recentemente pela Universidade de Toledo, em Ohio, nos Estados Unidos, mostrou que, quanto menos brinquedos uma criança tiver, maior será a sua criatividade, imaginação, foco e capacidade de descoberta. Durante o estudo, realizado com 36 crianças que tinham entre 18 e 36 meses, os pequenos que tiveram acesso a um número menor de brinquedos - 4 em um grupo e 16 no outro - ficaram mais envolvidos nas brincadeiras, explorando os detalhes de cada peça, enquanto as crianças do outro lado ficaram dispersas. O resultado, em termos práticos, traz uma informação importantíssima para os pais: encher os filhos de presentes não os fará mais felizes.
Para a psicoterapeuta e youtuber Isa Minatel, a conclusão confirma também o que defende a filosofia Montessoriana. "Quando as pessoas falam que os filhos não guardam os brinquedos, eu sempre digo que é porque se tem muito. Na verdade, essa cultura insana de a cada ano, em uma festa de aniversário, despejar quase o equivalente a uma loja inteira dentro do quarto de uma criança, é absurda. Ninguém é capaz de usar tudo que ganha. A recomendação que damos é que se tenha uma estante baixa no quarto e que ali se revezem, no máximo, uma dúzia de brinquedos. Assim, uma criança dá conta de usar e guardar de volta", explica. "Sem falar no consumismo que é incentivado por meio desses excessos", complementa Isa, que também é autora dos livros "Crianças sem limites" e "Temperamentos sem limites".
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E se dizer "não" para o filho parecer difícil demais para os pais, Isa lembra que é preciso seguir algumas orientações. "Em primeiro lugar, o quanto a criança está assistindo de TV para que tenha acesso a tanta publicidade? Eu buscaria diminuir este contato. Segundo, eu criaria combinados com a criança, como avisar que iriam a uma loja de brinquedos só para olhar. Esse treino de entrar só para olhar, conhecer e não comprar funciona muito bem. Outra coisa é trabalhar com a criança uma lista de desejos e dizer que só se compra presentes em datas especiais, como aniversário e Natal. Assim, quando chegar a data, se ainda quiser o brinquedo, se compra", comenta.
Além disso, é valido trabalhar histórias e referências, levar o filho a abrigos com crianças que são felizes com poucos ou nenhum brinquedo. Afinal de contas, a brincadeira sempre existiu, mas o brinquedo nem sempre.
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