Vacinação infantil: prevenção a doenças graves
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Vacinação infantil: prevenção a doenças graves Divulgação
Por O Dia

Os dados são alarmantes. Segundo a OMS anunciou na semana passada, o sarampo matou mais de 140 mil pessoas em todo o mundo no ano passado — e foram registrados mais de 10 milhões de casos no mesmo período. A informação chama a atenção não apenas pelo fato de a doença já ter uma vacina contra ela há mais de 50 anos, mas por outro aspecto igualmente assombroso: parte dessas ocorrências se deve ao fato das pessoas estarem escolhendo não se imunizar.

Não é de agora que alguns grupos contra vacinação têm se manifestado. No final da década de 90, quando a prestigiada revista 'The Lancet' publicou um falso estudo de um médico sobre o tema, muitos começaram a se perguntar sobre a eficácia das vacinas. Entretanto, apenas de alguns anos para cá o movimento tem recebido mais força. Segundo a pediatra Melissa Palmieri, que tem aperfeiçoamento em infectologia e é coordenadora médica de vacinas do Grupo Pardini, uma vez que, no passado, as doenças foram controladas e desapareceram, a nova geração ficou com um conceito equivocado de que não precisaria mais vacinar para evitar novo surto. Além disso, a veiculação de muitas fake news sobre a segurança das vacinas pode ter influenciado novos pais que não buscaram informações em fontes idôneas sobre a importância da vacinação, como a Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde e Sociedades Científicas. "O Brasil tem produtores de vacinas públicos e seria inconcebível pensar que o governo estaria destinando dinheiro para a produção de vacinas se não fosse necessário. Além disso, temos inúmeros dados científicos ao longo da História sobre a redução da ocorrência de doenças graves através da vacinação, como a Poliomielite", complementa.

Além dos danos sob o ponto de vista médico, a não vacinação pode levar os responsáveis a terem problemas com a Justiça. A advogada Melissa Kanda, especializada em Direito a Saúde, esclarece que as crianças devem receber todas as vacinas do Calendário Obrigatório de Imunização do Ministério da Saúde, e os pais que se negarem a fazer isso podem ser responsabilizados por negligência, maus tratos e danos causados pela ausência dessas vacinas, que são disponibilizadas de forma gratuita na rede pública de saúde. E mais: caso uma criança venha a óbito, o Ministério Público pode oferecer uma denúncia contra os mesmos. "É importante que médicos, professores, familiares e amigos informem aos órgãos competentes, como o Conselho Tutelar e o Ministério Público, a situação das crianças sem a vacinação obrigatória. Nas escolas, os pais são obrigados a apresentar a carteira de vacinação para realizar a matrícula dos filhos".

E para os pais que duvidam da importância de vacinar seus filhos, um alerta: vacinar é um investimento em saúde. "O calendário infantil de vacinação é constantemente atualizado para proteger ao máximo os bebês antes de serem expostos a doenças potencialmente graves. No caso de adultos a vacinação é uma ferramenta de manutenção da qualidade de vida e saúde", conclui Marcos Tendler, da Clínica de Vacinação Prophylaxis.

 

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