D Mulher - livro - Luciana Lobo e Brunna Condini - fotos divulgação
D Mulher - livro - Luciana Lobo e Brunna Condinifotos divulgação
Por Juliana Pimenta

Rio - Resiliência é a palavra designada para a capacidade de se adaptar a dificuldades ou mudanças. Mas qual o nome que se dá para quando, além da adaptação, existe o desejo de ajudar ao próximo, que passa pela mesma situação? Uma possível resposta para essa pergunta pode ser encontrada em 'O Que Aprendi com Minhas Células Rebeldes?' (Editora Autografia; 127 páginas; R$ 44,90), título do livro escrito pela jornalista Brunna Condini e pela professora de yoga Luciana Lobo.

Em 2017, aos 41 anos, Luciana recebeu o diagnóstico de câncer de mama. E, na publicação que acaba de ser lançada, ela conta como foi viver essa trajetória até a remissão da doença. "Acho sempre positivo para quem está começando essa jornada olhar para os lados e reconhecer que outras pessoas já trilharam esse caminho e que ela não está sozinha. Eu mesma me inspirei em muitos livros e histórias de vidas. Gostava de ver que as pessoas tinham passado por todo o tratamento e estavam bem, tinham encontrado um equilíbrio como pacientes oncológicos. A certeza de que tudo é impermanente me ajudou muito", conta a professora de yoga, que dividiu com a amiga Brunna a experiência de escrever sua história.

Aprendizado

"A Lu me procurou inicialmente para fazer uma espécie de consultoria literária e já tinha um manuscrito. Começamos a trabalhar assim, mas no meio do processo, já não sabíamos o que eram trechos que eu tinha escrito, inspirada pela vivência dela, ou textos escritos por ela. Luciana, sempre generosa, me ofereceu a coautoria. Estar nesse projeto me dá muita satisfação porque a história dela me inspira verdadeiramente. Acredito que muitas pessoas podem se beneficiar com a leitura do livro. Inclusive, quem não passa ou passou por uma doença. É sobre amor, doação, empatia e construção. Lu é uma construtora de pontes. O mundo precisa de mais gente assim", elogia a jornalista.

Afeto e cuidado

Além do livro, Luciana — que, ao lado de Brunna, já prepara uma nova publicação — desenvolveu três projetos sociais que beneficiam pacientes oncológicos de forma gratuita, como o Instituto ZENcancer. "Os projetos foram criados durante a quimioterapia, que durou seis meses. Essa era a minha motivação. Compartilhar com as outras pessoas que, assim como eu, tinham adoecido tudo o que deu certo comigo. Acho que, quando nos deparamos com a verdade de que a vida é finita, podemos ficar apavorados, ou despertar e usarmos o tempo que ainda temos para fazer o que é certo e ajudar as pessoas. E a minha felicidade vem disso. De ter como propósito transformar a vida das pessoas. Com a pandemia, ampliei a minha área de atuação e mais de 200 pessoas fizeram aulas gratuitas de yoga e meditação, mas somente 20 por cento delas eram de pacientes, e é sobre essa experiência maravilhosa que escrevo no segundo livro", revela Luciana.

 

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