Luísa Sonza, para o clipe 'Toma' - @KENDYHIGASHI
Luísa Sonza, para o clipe 'Toma'@KENDYHIGASHI
Por Juliana Pimenta

Rio - A boa menina ficou braba. É assim que Mc Zaac se refere a Luísa Sonza, nos primeiros versos de 'Toma', parceria dos dois lançada na última sexta-feira. Mas a verdade é que tanto 'Boa Menina' quanto 'Braba' são sucessos que Luísa já acumula na carreira. E, com o novo trabalho, o objetivo é ir além. "'Toma' traz muito mais a minha identidade do pop. Na minha opinião, esse é o meu melhor clipe até agora. Mesmo com a equipe reduzida e com menos dançarinos, por uma questão de segurança. Acho, e espero, que 'Toma' vá ser mais um grande momento da minha carreira", conta a cantora.

Além de uma batida mais rápida e da mistura com funk, o trabalho mostra mais uma versão da artista. "Eu sou muito de fases e gosto de viver isso, de me permitir viver. Eu não me prendo muito a uma coisa e gosto de mudar. Até na questão do visual, é mais uma forma de trazer uma imagem legal. Eu sou a Luluca, e a Luísa Sonza é o meu produto. E a gente gosta cada vez mais de colocar ela dessa maneira. É muito gostoso".

Isolamento e críticas

Com mais tempo para criar, Luísa também explica qual a importância de lançar músicas tão populares em um momento de crise. "Como cantora, um dos pilares do meu trabalho é trazer entretenimento para as pessoas. Eu usei esse momento para continuar entregando meu trabalho da forma correta. É uma maneira bem diferente, mas acho que é até mais importante agora, porque as pessoas estão sem poder sair de casa, e isso tem ajudado. As músicas fazem as pessoas se distraírem, dançarem", explica a gaúcha, que foi uma das artistas mais ouvidas pelo Spotify com o lançamento do single 'Braba', ainda em abril, bem no comecinho do isolamento.

Por outro lado, no caso de 'Flores', música do cantor Vitão, na qual faz parceria, a resposta não foi tão unânime assim. Recém-separada do comediante Whindersson Nunes, Luísa recebeu críticas por estrelar em uma produção sensual ao lado de outro homem. A cantora foi apedrejada virtualmente, mas conseguiu reverter as críticas em ensinamento. "Eu me sinto privilegiada por ser voz, saber lidar com isso e saber que isso é necessário para que a gente passe por uma transformação. É importante para que as pessoas vejam que esse tipo de coisa existe. A palavra não é feliz, mas eu me sinto bem por ser necessária e por estar dando a cara a tapa. Por já ter maturidade e por já saber o que é machismo e o que é feminismo. Eu não fico feliz por receber os ataques, mas fico bem por saber que é por um bem maior", defende Luísa, mostrando a diferença em que homens e mulheres são tratados.

"Como pessoas pública é importante que estejamos preparados para qualquer tipo de crítica, seja ela positiva ou negativa. Mas é cada vez mais importante que nós, mulheres, nos posicionemos. E que a gente faça o que a gente quiser! É importante que a gente não perca as forças e corra atrás dos nossos objetivos, mostrando que somos capazes de tudo! Ainda sofremos com o machismo, mas estamos no caminho para quebrar qualquer padrão que seja, e mostrar nosso potencial ao mundo! Ninguém irá nos parar. É preciso que juntas a gente empodere cada vez mais mulheres. Essa união é muito importante", destaca.

Balanço de carreira

Com 22 anos completados há duas semanas, Luísa comemora o sucesso até aqui, mas quer muito mais. "Eu conquistei tanta coisa incrível, sabe? Me sinto muito feliz e realizada! Mas a gente não pode parar, né? Ainda quero construir muita coisa e atingir muitos objetivos! É o começo de uma linda história que quero construir ao lado de todos que sempre me apoiaram e curtem meu trabalho", conta a jovem, que é a primeira brasileira convidada a se apresentar no Barra Beach Fest, um importante festival de música do México, marcado para agosto do ano que vem.

E se isso é um empurrãozinho para carreira internacional? Se depender de Luísa, pode apostar que sim. "É uma honra e uma responsabilidade muito grande representar o Brasil. Ainda mais agora que as pessoas descobriram que o Brasil é um país incrível. Acho que essa internacionalização vai acontecer de uma maneira natural. Eu já gravei músicas em inglês e espanhol, mas que nunca foram lançadas. Tenho sim pretensão, mas tudo isso vai acontecer de forma natural nos próximos anos com vários artistas. O Brasil é um país muito maravilhoso, e o mundo está descobrindo isso, graças a Deus", comemora.

 

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