Aprenda como identificar e se defender do cyberbullyingReprodução

Olá, meninas!
Uma situação que infelizmente está cada vez mais presente entre os jovens é o cyberbullying. E nesse mês em que comemoramos o Setembro Amarelo, a campanha de conscientização contra o suicídio, também é muito importante destacar essa prática agressiva e grave que ocorre no mundo virtual. Esse termo caracteriza intimidações e perseguições no ambiente da internet. É o bullying que é praticado por meio de plataformas on-line ou eletrônicas, como e-mail, sites de mídia social/redes sociais, blogs, salas de bate-papo e mensagens de texto.
Trata-se de um comportamento repetitivo, com o objetivo de assustar, enfurecer ou envergonhar as vítimas. E para saber mais sobre esse assunto, conversamos com o psiquiatra Ervin Cotrik, ele destacou informações importantes sobre o assunto e revelou alguns exemplos que vão te ajudar a identificar se está sofrendo ou se já passou por esse tipo de ofensa ou difamação.
Exemplos de cyberbullying:
- Espalhar boatos ou compartilhar fotos embaraçosas de alguém nas redes sociais;
- Enviar mensagens ou ameaças humilhantes por meio de plataformas de mensagens;
- Fingir ser outra pessoa e enviar mensagens maldosas em seu nome.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Ipsos, o Brasil é o segundo país com mais casos de cyberbullying contra crianças e adolescentes. Vocês sabiam?
“Quando se trata de bullying virtual, essa realidade apresenta uma peculiaridade. Quando se posta uma imagem ou mensagem na rede e ela é visualizada por terceiros, o fator repetição se dá de forma imediata, a pessoa fica exposta e vulnerável, tornando-se vítima de chacotas e humilhações. É como se a vítima, em frações de segundos, tivesse sofrido um número incalculável de agressões. Evidências indicam que o cyberbullying está associado a um alto risco de comportamento suicida, sendo três vezes mais propenso a ocorrer em vítimas de cyberbullying do que em não vítimas”, explica o Dr. Ervin.
Como o cyberbullying pode afetar minha saúde mental?
Quando você sofre cyberbullying, pode começar a se sentir envergonhado, nervoso, ansioso e inseguro sobre o que as pessoas dizem ou pensam sobre você. Isso pode levar ao afastamento de amigos e familiares, pensamentos negativos, sentimento de culpa por coisas que você fez ou não fez ou sensação de que está sendo julgado negativamente. Sentir-se sozinho, sobrecarregado, com dores de cabeça frequentes, náuseas ou dores de estômago também é comum.
Você pode perder a motivação para fazer as coisas que normalmente gosta de fazer e se sentir isolado das pessoas que ama e em quem confia. Isso pode perpetuar sentimentos e pensamentos negativos que podem afetar de forma adversa sua saúde mental e seu bem-estar.
No caso das crianças, faltar escola é outro efeito comum do cyberbullying e pode afetar a saúde mental de jovens que recorrem a substâncias como álcool e drogas ou comportamento violento para lidar com a dor psicológica.
Você sabia que é uma prática criminosa?
Pela garantia da proteção de crianças e adolescentes, foi sancionada a Lei nº 14.811, de 2024, que inclui os crimes de bullying e cyberbullying no Código Penal Brasileiro. No caso de cyberbulling, a pena é de reclusão de dois a quatro anos e multa.
Você conhece algum caso ou está passando por esse problema? Denuncie! Não se cale! A campanha de conscientização do setembro amarelo é uma prática que pode salvar o ano inteiro. Importante também nesses casos de agressões virtuais.
Nesta quinta-feira é dia de um bate-papo com o Dr. Ervin ao vivo também! Confira a entrevista completa com o psiquiatra clicando aqui. Aguardo vocês no meu programa na TV Band, o Vem Com a Gente, de segunda a sexta a partir das 13h40.