Médico geriatra de Caxias pede mais diálogo com população idosa em quarentena - Arquivo pessoal
Médico geriatra de Caxias pede mais diálogo com população idosa em quarentenaArquivo pessoal
Por O Dia
Duque de Caxias - Com a epidemia do novo coronavírus e a orientação para que todos fiquem em casa, principalmente, os mais idosos, alguns profissionais da saúde estão buscando formas alternativas para atender os próprios pacientes. No caso da geriatria, ramo da medicina que atende justamente a população em fase de envelhecimento, os desafios são maiores ainda. O geriatra Silvio Costa Junior passou a atender em domicílio e também por vídeo, as chamadas teleconsultas.
Pandemia gera desafios para profissionais de saúde - Arquivo pessoal
Silvio atua na área há 20 anos e é dono do próprio consultório, que leva seu nome, no bairro Jardim 25 de Agosto. Sem nunca ter vivido algo parecido na medicina, o médico redobrou ainda os cuidados dentro do ambiente de trabalho.

“Eu também continuo atendendo no consultório, com número reduzido de pacientes por dia, e com maior intervalo entre as consultas. Todo paciente, quando chega, recebe uma máscara de pano. No intervalo entre uma consulta e outra, limpo tudo com álcool“, aponta o geriatra.

O especialista se mostrou preocupado com o aumento de número de idosos nas ruas nos últimos dias. Como uma dica importante de saúde, Silvio Costa recomendou o isolamento social, mas orientando os familiares a sempre manter contato com o idoso, mesmo à distância. A medida visa evitar o sentimento de solidão, tão característico nesta faixa etária.
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Médico geriatra de Caxias pede mais diálogo com população idosa em quarentena - Arquivo pessoal
“Tenho visto muitos idosos nas ruas e isso é preocupante. Ainda não é tempo para relaxarmos. Ainda não é tempo de sairmos de casa. Quero chamar a atenção dos filhos e netos dos nossos idosos: têm sido frequentes as queixas de solidão, saudades e abandono. Precisamos fazer contato com eles para deixarmos mais tranquilos, menos ansiosos e tristes. Precisamos estar presentes, mesmo à distância, conversando, ouvindo e orientando a não sairem de casa. Você, que não é filho ou neto, jovem, que mora perto de idoso, se ponha à disposição para ir no mercado, farmácia, padaria, etc. Dessa maneira ele ou ela se sentirá valorizado e permanecerá em casa. Infelizmente, nesse momento, isolado”, pede.