Duda Salabert foi a vereadora mais votada em BH - Arquivo pessoal
Duda Salabert foi a vereadora mais votada em BHArquivo pessoal
Por iG
Belo Horizonte - A vereadora Duda Salabert (PDT) foi a mais votada nas eleição municipal em Belo Horizonte, com 37 mil votos, também é a primeira mulher trans a ser eleita para a Câmara Municipal. Duda publicou nas redes sociais que foi ameaçada de morte por e-mail.

A autoria foi atribuída a um grupo neonazista brasileiro, segundo as declarações dadas pela própria vereador com base na assinatura do e-mail. As ameaças também foram enviadas para a escola em que Duda dava aula, assim como para os donos do colégio e para a direção. Os autores da ameaça prometeram matar Duda e os alunos da escola, especialmente os negros e as mulheres.

“Estou sofrendo ameaças de morte. Sim, desde que ganhei a eleição venho recebendo mensagens não apenas de ódio, mas também de ameaças”, publicou nas redes sociais. “O e-mail aparece assinado com o nome de ‘Ricardo Wagner Arouxa’. Procurei no Google e vi que é essa a assinatura de um grupo neonazista que atua no país. Hoje irei à delegacia fazer a denúncia para que a investigação chegue aos criminosos. Não vão silenciar minha luta por justiça social. Não vão me intimidar. Serão todos presos!”, escreveu Salabert.

Os e-mail envido pelos criminosos foi reproduzido pela vereadora em sua rede social. O grupo neonazista desfere palavras de ódio contra Salabert chamando a vereadora de "pedreiro de peruca".

“Enquanto você ganha um salário de vereador apenas por ser um pedreiro de peruca, eu estou desempregado, minha esposa está com câncer de mama e vivendo de auxílio emergencial. Eu juro, mas eu juro que vou comprar duas pistola [sic] 9mm no Morro do Engenho aqui no Rio de Janeiro. E matar todas as vadias, todos os negros (que, infelizmente serão bem poucos, 1, ou 2 cotistas) e depois vou te matar”, diz o email.

O e-mail finaliza com intimidações violentas: “Eu já consigo escutar os gritos de terror das vadias dentro da minha cabeça e chego até a ejacular espontaneamente. Fica o aviso. E não adianta ir na polícia ou denunciar na mídia!”.