Debate na BandBruna Prado / Band Divulgação
A disputa pelo governo do Rio de Janeiro teve neste domingo, 7, seu primeiro debate na televisão aberta, na Band TV. Com a participação dos candidatos Cláudio Castro (PL), Marcelo Freixo (PSB), Rodrigo Neves (PDT) e Paulo Ganime (Novo) foram abordados temas como: segurança pública, saúde, educação, transporte e economia.
Durante cerca de 1 hora e 40 minutos, prevaleceram acusações sobre má gestão e corrupção, sendo o principal alvo o governador Castro. Como estratégia, Ganime e Neves juntaram-se para atacar Castro e Freixo, que aparecem em destaque nas últimas pesquisas.
No primeiro bloco do programa, cada um teve a oportunidade de se apresentar para o eleitor e dizer por que deseja ser governador do Rio de Janeiro. Definido por sorteio, Freixo iniciou afirmando que "Bolsonaro e Castro fizeram o rio voltar pro mapa da fome", por isso, seu foco será fazer o RJ ficar de pé. Ganime escolheu iniciar mostrando sua história de superação e apresentou-se como diferente dos demais candidatos, pautando as reivindicações de quem busca mudanças.
Na fase de sorteios de perguntas, o ex-prefeito de Niterói falou sobre transporte e disse que pretende implantar a linha 3 do metrô, ligando Itaboraí, São Gonçalo, Niterói e Rio de Janeiro. Freixo falou de segurança pública e disse que sobre o tema é preciso "medir com vidas que preserva, e não com mortes que provoca". O candidato trouxe como proposta integrar a polícia militar e civil e investir em tecnologia.
Na sequência, Freixo trouxe à tona o escândalo dos cargos da Ceperj, fundação sob escrutínio do TCE e do Ministério Público por causa de contratações via RPA e pagamento na boca do caixa. Ao ser questionado se "fala com fantasmas" , Castro se ateve aos projeto atuais na Educação. "Nós estamos investindo muito na reforma de 150 escolas, inclusive 50 delas são CIEPS, que estamos transformando em escolas tecnológicas. Duas já foram entregues e o resto está em obras", respondeu.
Finalizando o último bloco, Paulo Ganime falou sobre saúde, seu histórico pessoal e que tem como projeto a regularização das filas de espera, para que as pessoas saibam quando vão ser atendidas. "As pessoas morrem nas filas por conta da falta de transparência", disse.
No segundo bloco do debate, o momento foi destinado à troca de perguntas entre os candidatos, que tinham a oportunidade de direcionar a indagação a quem desejasse. Castro focou em projetos do governo e em mostrar o seu trabalho durante seu mandato, atacando e questionando Freixo sobre as emendas parlamentares do deputado nos últimos anos. O objetivo foi falar diretamente ao eleitorado da Baixada Fluminense, de onde vem o seu vice, Washington Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias.
Freixo buscou nacionalizar o debate, investindo na associação entre Castro e Bolsonaro e no que qualificou como uma má gestão. "A saúde não é só hospital. Aliás, no seu governo, o Rio de Janeiro se tornou campeão em mortes por tuberculose, que matava as pessoas no século XIV", rebateu.
Na vez de Paulo Ganime, o postulante no Novo argumentou que é preciso combater lavagem de dinheiro com inteligência. Ele se colocou como alguém que faria a diferença ao acabar com a "integração e os contratos corruptos que têm no Estado e que alimentam toda essa organização criminosa".
Assim como Ganime, Neves também atacou o atual governo. "Hoje, as pessoas não conseguem fazer consultas ou exames mais complexos e muito menos cirurgias mais complexas se não tiveram pistolão político, sobretudo dos seus aliados" declarou.
Fechando o debate, o último bloco foi dedicado para que os candidatos falassem qual seria o seu primeiro ato quando assumissem o governo do Rio de Janeiro.
Castro afirmou que não falará do primeiro, mas sim do último, em 2026, em que deseja que seus filhos sintam orgulho do trabalho desenvolvido no RJ. Rodrigo Neves afirmou que seu compromisso é com os mais pobres, então sua primeira ação será criar o Programa de Renda Básica para tirar famílias da pobreza extrema.
Paulo Ganime, por sua vez, alegou que seu primeiro ato será a nomeação de profissionais e gestores competentes para mudar o estado do Rio de Janeiro. Finalizando, Marcelo Freixo planeja descongelar o salário mínimo regional porque "quem tem fome tem pressa".
Já no bloco final, cada candidato teve a oportunidade de fazer considerações sobre suas propostas de governo na tentativa de convencer o eleitorado que vai às urnas no dia 2 de outubro.
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