O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PMB) dará entrevista na Band TV, nesta quarta (10). O programa irá ao ar, ao vivo, às 18h50min, e tem como proposta entrevistar os candidatos ao Governo do Estado nestas eleições.
Em sua conta no Twitter o filiado ao Partido da Mulher Brasileira fez uma publicação sobre sua participação: “Será uma grande oportunidade para mostrar a verdade sobre o golpe e falar das nossas principais propostas do plano de governo Rio de mãos dadas. Bilhete Único da Região Metropolitana, Criação do Banco de Desenvolvimento do Estado, Projeto Comunidade Cidade e 100 mil novas moradias financiadas pelo Banco”, escreveu.
Após o processo de impeachment, concluído em 2021, os advogados entraram com um recurso no Supremo Tribunal Federal para suspender a condenação e reconduzir Witzel ao cargo. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido e manteve a decisão do TEM. Desde então, o postulante a governador tenta reverter a decisão.
Recentemente, Witzel postou em sua conta no Instagram uma certidão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região que diz não existir ações e execuções cíveis e criminais contra ele.
O TRF-2 é um órgão que julga apenas ações federais e o processo em que o candidato foi cassado é estadual.
Em 15 de dezembro do ano passado, o entrevistado desta noite pela Band publicou na mesma rede social uma foto de uma postagem no Twitter e escreveu na legenda: “Sempre disse que a Alerj estava errada ao se precipitar tirando um governador eleito pelo voto popular e legítimo! Contas aprovadas e orçamento no azul! Agradeço aos deputados pelo reconhecimento! O povo merece respeito.”
Relembre o processo de impeachment
O ex-juiz federal foi afastado do governo fluminense pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), em agosto de 2020, por suspeitas de corrupção. No mês seguinte, a Alerj aprovou por 69 votos a 0 (uma ausência) a criação do Tribunal Especial Misto para julgar o processo.
Composto por cinco desembargadores do TJ e cinco deputados estaduais, em abril de 2021 o TEM destituiu Witzel do cargo e o tornou inelegível por cinco anos. A decisão foi unânime.
Segundo a acusação, o ex-governador cometeu crime de responsabilidade por desvios na Saúde. De acordo com as investigações, durante a gestão da pandemia do Covid houve fraude nas contratações de duas instituições sociais: Oss Unir e Iabas. Em maio de 2020, a Polícia Federal deflagrou a Operação Placebo para investigar tais desvios.
A delação premiada de Edmar Santos foi uma das provas usadas pela acusação para condenar o atual candidato. Em julho de 2020, o ex-secretário de Saúde do estado foi preso e confessou que recebia propina. Ele confirmou que existia um esquema de desvios de dinheiro na pasta, acusando o então chefe do executivo fluminense de ser o 'cabeça'.
Durante o julgamento no Tribunal Especial Misto, a defesa negou todas as acusações e pediu a anulação do processo, alegando que o ex-governador não era o responsável pelas contratações das organizações.
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