View of the silhouette of Brazilian President Jair Bolsonaro on arrival at the promotion ceremony of General Officers of the Armed Forces, at Planalto Palace in Brasilia, on August 4, 2022. EVARISTO SA / AFPEVARISTO SA / AFP

O presidente Jair Bolsonaro (PL) refutou, mais uma vez, nesta quinta-feira, 18, que queria dar um golpe de Estado no País. Ao criticar governos de esquerda na América Latina, para se contrapor ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chefe do Executivo chamou a possibilidade de ele agir fora da Constituição para se manter no poder de "mentira em cima de mentira".

"O que interessa para gente é todos os países da América do Sul estarem bem na sua economia, na sua estabilidade política. Falam o tempo todo aqui que eu quero dar golpe, que quero conduzir o Brasil, não sei para onde, mentira em cima de mentira", declarou Bolsonaro, em sua primeira live durante a campanha eleitoral.

Candidato à reeleição, o presidente tem atacado de forma sistemática as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. Na live de hoje, Bolsonaro voltou a criticar as cartas em defesa da democracia assinadas por juristas, empresários, banqueiros e outros setores da sociedade civil, após ele ter reunido embaixadores no Palácio da Alvorada, no mês passado, para lançar dúvidas sobre a confiabilidade das urnas, sem apresentar provas ou indícios de irregularidades.

"E vai um picareta desses assinar o manifesto pela democracia", disse Bolsonaro, em referência a Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto, depois de dizer que o petista apoia a Nicarágua.

"Onde a esquerda mete a mão, dá problema. E alguns querem, com discurso fácil aqui no Brasil, colocar aquele cara Lula que roubou o Brasil por 14 anos, juntamente com sua indicada Dilma Rousseff", declarou Bolsonaro. O presidente criticou os governos da Argentina, do Chile e da Colômbia, que têm atualmente presidentes de esquerda, além de ditaduras esquerdistas, como Cuba, Nicarágua e Venezuela.
*Por Iander Porcella