Sofia ManzanoPCB / Divulgação /JC
Em uma exposição dos principais pontos de seu programa de governo, Sofia salientou que o eixo principal é ter um corte assumidamente anticapitalista e anti-imperialista, voltado para atender aos interesses da classe trabalhadora.
A presidenciável salientou a necessidade de uma mudança profunda na política macroeconômica, tendo como elementos principais uma reforma tributária progressiva e progressista, uma mudança completa nas prioridades do orçamento público, o fim das terceirizações e a retomada do papel do Estado como financiador e indutor do desenvolvimento econômico.
A candidata comunista também enfatizou a necessidade de uma reforma agrária popular que enfrente o agronegócio e implemente a produção de gêneros alimentícios principalmente pela agricultura familiar, que é o segmento da agricultura que majoritariamente fornece os gêneros alimentícios consumidos pela população trabalhadora brasileira. Nas palavras de Sofia Manzano, "agro é a indústria pobreza do Brasil: produz essencialmente commodities agrícolas para a exportação, intensifica a concentração da propriedade da terra, é poluente, utiliza indiscriminadamente o veneno dos agrotóxicos e impulsiona o aumento da violência no campo".
A candidata do PCB ainda defendeu mudanças profundas na política monetária, com o fim da independência do Banco Central, que em seu governo passará a ter como objetivos da política monetária, além do combate à inflação, a manutenção do pleno emprego e o crescimento do PIB. Manzano afirmou que seu governo mudará também a gestão da dívida pública, com o fim da política de superávit primário. Na política fiscal, a candidata se compromete com a revogação do teto de gastos e também com a revogação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que será substituída por uma Lei de Responsabilidade Social priorizando o gasto público voltado para o atendimento às necessidades da população, especialmente a população trabalhadora.
Em relação à politica de emprego e renda, Sofia Manzano defendeu, além da revogação das contrarreformas trabalhista e previdenciária, a redução para toda a classe trabalhadora da jornada de trabalho para 30h semanais sem redução de salário. Nas contas da candidata comunista, tal medida tem o efeito de aumentar, em curtíssimo prazo, em 50% a quantidade de vagas formais de trabalho, especialmente nas grande empresas; além disso, a redução da jornada de trabalho proporcionará ao trabalhador mais tempo para estudo, lazer, atividades culturais recreativas e desportivas, melhorando a qualidade de vida e a saúde física e mental da classe trabalhadora brasileira.
A candidata presidencial comprometeu-se ainda a ratificar a Convenção 158 da OIT, que garante a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores. Manzano enfatizou também a importância da garantia da estabilidade do servidor público e comprometeu-se com o fim das terceirizações no serviço público e a realização de concursos públicos, especialmente nas áreas de saúde, educação e assistência social.
Manzano citou a importância de resgatar o status estatal e público dos equipamentos culturais e comprometeu-se com a demarcação de terras dos povos originários sem nenhum "marco temporal", pois os indígenas já estavam aqui antes da chegada dos europeus brancos colonizadores.
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