Anitta Fotos: Gabriel Rangel/AgNews

Rio - Anitta, de 29 anos, usou as redes sociais, na madrugada do último domingo, para lamentar que o Brasil esteja cada vez mais dividido no âmbito da política. Após o resultado do confronto entre Luiz Inácio Lula da Slva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) pelo cargo de Presidente da República, a cantora alegou que se entristece ao ver familiares e amigos se distanciando por conta de uma "guerra política".
"É muito triste o que estamos vivendo hoje. Infelizmente não só no Brasil, em todo o mundo. Independente do resultado das eleições, ninguém sairia inteiramente vencedor, pois uma nação dividida é uma nação em guerra. Uma nação em guerra é uma nação triste e adoecida", iniciou a artista no Twitter.
"Famílias, amigos, amores, desfazendo-se por guerras políticas das quais nós, população, conhecemos tão pouco que nem temos consciência se somos parte da peça do teatro ou se estamos assistindo à peça. Quanto mais saber o que acontece nos bastidores da trama... ", acrescentou.
Logo em seguida, Anitta falou sobre sua concepção de "mundo perfeito", onde todas as pessoas respeitariam as escolhas de voto dos demais e não existiriam divisões ideológicas. "Bom seria se durante o voto pudéssemos todos votar em quem queremos eleger e votar também em quem não queremos. Assim, a população não se dividia. A população não seria obrigada a escolher qual a metade do seu próprio povo deve odiar. Para o segundo turno iriam as opções que não agradam 100% a ninguém e não desagradam 100% a ninguém. Ao invés de obrigar a população a brigar com sua outra metade, ela seria obrigada a aprender que nem tudo na vida é 100% do jeito que a gente quer. Que precisamos pensar no outro, que tem realidades diferentes das nossas", ponderou a cantora.
"Infelizmente não temos essa opção. E nesse momento o Brasil precisa pensar no que é humano", destacou Anitta sobre a importância da escolha de um candidato para o segundo turno. "Eu quero voltar no tempo onde não precisava assistir famílias que se amam pararem de se falar, de se amar, de se admirar por questões políticas. Eu queria voltar no tempo onde as agressões, intolerâncias, medo, xingamento etc não eram rotineiras e corriqueiras sob a 'alegação' de razão política. Isso é tudo tão triste. Não tem mais a ver com política. Virou questão de respeito básico ao outro. Compaixão, senso coletivo. Eu não quero mais assistir isso", escreveu.