Presidente quer tornar Minas Gerais uma das bases do bolsorismo, caso Lula vença as eleiçõesSergio Lima / AFP

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem trabalhado com maior afinco em Minas Gerais para vencer Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições 2022. A campanha do chefe do executivo federal tem a expectativa de virar e vencer no estado no próximo dia 30.
Nos últimos dias, o governante tem dialogado com enorme frequência com prefeitos de cidades mineiras. Romeu Zema (Novo) também ficou mais próximo de Bolsonaro, conversando todos os dias com o mandatário. O presidente quer estar o mais alinhado possível com o governador para tirar votos de Lula.
O poder de Zema está muito grande na campanha presidencial. Desde o começo da semana é possível ver peças publicitárias na televisão em que o chefe do executivo estadual mineiro aparece criticando o PT, no qual usa a expressão “PTfóbico”, e elogiando o trabalho do governo Bolsonaro.
Aliados do presidente acreditam que o governador pode ser um excelente cabo eleitoral não apenas para atrair eleitores, mas também para seduzir prefeitos. “O apoio de prefeitos é fundamental para vencer em Minas. As conversas estão boas e acreditamos que conseguiremos virar”, falou um dos coordenadores da campanha bolsonarista.

Porém, essas alianças não são vistas como suficientes para derrotar Lula. O presidente quer maior esforço de Nikolas Ferreira (PL) e das igrejas para convencer o eleitor mineiro a embarcar na candidatura bolsonarista para presidente.

Minas e São Paulo serão a base do bolsonarismo
Caso não vença a eleição, Bolsonaro já tem como plano ter duas bases visando 2026: os governos de Minas Gerais –IG - Último Segundo que terá o comando de Romeu Zema – e São Paulo – que pode ter a vitória de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O chefe do executivo federal sabe que os dois estados são os mais visados pela imprensa. A realização de bons governos em ambos os locais poderá ser um excelente contraste com um eventual governo petista.

Além disso, Tarcísio e Zema são tratados como sucessores naturais de Bolsonaro. A tendência que eles sigam a linha bolsonarista em seus governos. “O Zema já levou. Tarcísio é favorito. Nós queremos fazer grandes governos”, comenta um aliado do presidente da República.