O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta quinta-feira (13), de um comício realizado na cidade de Maceió (AL). Esta foi a única capital nordestina onde o petista não venceu Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno das eleições.
O candidato do PT no pleito eleitoral participou do ato ao lado do senador Renan Calheiros (MDB) e de Paulo Dantas (MDB), governador do estado de Alagoas e candidato à reeleição no segundo turno.
Lula esteve em cima de um trio elétrico junto com os aliados e, durante o seu discurso, afirmou que pretende vencer as eleições do dia 30 de outubro para "recuperar o prestígio do Brasil".
"Nós queremos vencer essa disputa para recuperar o prestígio do Brasil e para recuperar a economia brasileira. O povo brasileiro precisa trabalhar, precisa comer, precisa estudar, precisa ter acesso ao lazer e isso aqui tudo pode melhorar numa combinação perfeita entre o governo do estado e a presidência da República", enfatizou.
O candidato do PT na corrida presidencial também dedicou parte da sua fala a um pedido de votos para o atual governador de Alagoas, argumentando que precisa construir uma parceria entre o governo federal e o estadual.
"O presidente precisa trabalhar junto com os governadores e por isso eu preciso que vocês elejam o Paulo Dantas para governador de alagoas para que a gente possa construir uma parceria que possa beneficiar o povo de Alagoas", disse o petista.
Paulo Dantas investigado
Candidato ao governo alagoano apoiado por Lula, Paulo Dantas é alvo de uma investigação da Polícia Federal por suspeita em participar de um esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa de Alagoas, quando ocupava o cargo de deputado estadual.
O emedebista foi afastado do cargo por determinação da ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Na operação, apelidada de Edema, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão, inclusive na Assembleia Legislativa de Alagoas, no Palácio do Governo do Estado, e na casa de Dantas e de parentes. A ação apura supostos desvios públicos desde 2019.
Em um post realizado nas suas redes sociais, o governador chamou a ação "grotesca", e afirmou que a mesma tentou manchar a sua reeleição ao governo do estado.
"Uma ala da PF, sob pretexto de investigar acusações de 2017, pediu à Justiça o meu afastamento do cargo, a poucos dias do 2º turno, e estando com 20 pontos à frente", escreveu.
"Tudo não passa de encenação, teatro. E essa tentativa é muito fácil de ser desconstruída, pois foi anunciada por adversários — o que evidencia a manipulação da operação policial", completou.
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