Tebet (MDB) avaliou, nesta sexta-feira (14), em conversa com jornalistas após palestra na Fundição Getúlio Vargas (FGV), os novos ataques do presidente Bolsonaro (PL) ao TSEJoão Miguel Jr/TV Globo

Rio - A senadora Simone Tebet (MDB), terceira colocada na disputa presidencial, avaliou, nesta sexta-feira (14), em conversa com jornalistas após palestra na Fundição Getúlio Vargas (FGV), que os novos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostram que o chefe do Executivo se sente ameaçado pelas pesquisas de intenções de voto. "Ninguém consegue enganar todo mundo o tempo todo", disse a parlamentar.
"Toda vez que o presidente Bolsonaro se sente ameaçado pelas pesquisas, e por um possível resultado das urnas adverso ao seu projeto de poder, ele não consegue se conter", declarou Tebet. A senadora avalia que a retomada dos ataques ao presidente da Corte, Alexandre de Moraes, mostra que o presidente não consegue segurar um personagem pacífico.
Para a emedebista, a "verdadeira cara" de Bolsonaro é de "alguém que não entende o que é a democracia, um Estado de direito, em que todos, a começar pelo presidente da República, tem que estar submetido à vontade da Constituição, que é a vontade do povo brasileiro". "De respeitar o resultado das urnas, ser o primeiro a declarar se foi vencedor ou derrotado, que aceita o resultado das urnas, respeitar os Poderes, que são independentes e precisam da independência e da harmonia para bem servir a sociedade", emendou.
Os novos ataques do chefe do Executivo nacional a Moraes ocorrem após o presidente do TSE ter suspendido a abertura de procedimentos para investigar empresas responsáveis pela elaboração de pesquisas eleitorais. Depois do posicionamento de Moraes, o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Cordeiro, cumpriu a decisão de suspensão do inquérito.
Há pouco, o Datafolha divulgou pesquisa em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto no segundo turno, com 49%, contra 44% de Bolsonaro. De acordo com o instituto, o resultado mostra cenário de estabilidade na disputa pela Presidência da República.
*Com informações de Estadão Conteúdo.