A ministra do TSE Maria Isabel Gallotti ordenou nesta segunda-feira, 24, a exclusão de 24 publicações nos perfis nas redes sociais do ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do deputado federal reeleito André Janones (Avante) e de outros apoiadores das eleições 2022. A remoção terá que ser de conteúdos que acusam o presidente Jair Bolsonaro (PL) de querer reduzir o valor do salário mínimo a partir do ano que vem.
Gleisi Hoffmann (PT), Humberto Costa (PT), Erika Kokay (PT), o Partido dos Trabalhadores, CUT Brasil, Jandira Feghali (PCdoB), Thiago Brasil e perfis Tesoureiros, Lula e Janones terão que retirar as postagens do Facebook, Twitter e Instagram.
Segundo Maria Isabel, a publicação é falsa. "No caso em exame, verifico a divulgação de informação falsa a respeito de tema revestido de extrema relevância social, com aparente finalidade de vincular tais medidas drásticas ao Presidente da República, incutindo assim na mente do eleitor a falsa ideia de que os salários e aposentadorias não serão mais reajustados", argumentou.
A ministra declarou que, no dia 20 de outubro, Paulo Guedes afirmou que o salário mínimo e aposentadorias irão subir conforme a inflação. “O Ministro da Economia, Paulo Guedes, assegurou que o salário mínimo e as aposentadorias serão reajustados, pelo menos, de acordo com a variação da inflação”, diz trecho. A magistrada ainda explicou que o TSE ordenou a remoção de postagens que ligavam Lula e o PT à facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
Salário mínimo e Bolsonaro
Nos últimos dias, Lula e seus aliados passaram a acusar Bolsonaro de ter a intenção de não aumentar o salário mínimo pelos índices da inflação. A campanha bolsonarista acusou seus adversários de descontextualizarem as declarações do Ministro da Economia.
“O conteúdo da postagem feita irresponsavelmente pelo conhecido divulgador de fake News André Janones, e replicado por milhares de pessoas, decorre de trechos gravemente distorcidos e descontextualizados de uma fala do Ministro da Economia Paulo Guedes, tornando evidente a estratégia eleitoral de obtenção de vantagens por intermédio da difusão de fake news, desqualificação e ofensa à imagem do candidato adversário, de forma a (i) desinformar o eleitor e (ii) criar artificialmente estados mentais, emocionais e passionais”, diz um trecho da ação.
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