Lula se prepara para o debate da GloboPedro Ivo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou os preparativos da sua participação no debate da Globo na próxima sexta-feira (28). O petista vai diminuir sua presença em comícios e atos para poupar a voz e estudar os principais pontos para discutir com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo apurou o Portal iG, sua maior preocupação é com a sua voz. A expectativa é que cerca de 40 milhões de brasileiros acompanhem ao vivo o encontro entre os dois candidatos das eleições 2022 e ele não quer passar uma imagem “enfraquecida” aos eleitores.
Além de realizar os exercícios diários recomendados pelo seu fonoaudiólogo, Lula usará os próximos dias para se desgastar menos e estar com o físico em dia para enfrentar Bolsonaro. O objetivo é se destacar igual ocorreu no primeiro bloco do debate da Band, no último dia 16.
A direção do PT trata como fundamental que o ex-presidente consiga se sair melhor que o seu adversário no debate. Será o último grande ato antes dos eleitores irem às urnas no dia 30 de outubro.
“Um bom desempenho no debate pode liquidar a eleição. Um mau desempenho pode prejudicá-lo e fazer com que o Bolsonaro cresça. Então todos os pontos precisam ser bem trabalhados para que o Lula vença o debate e convença os indecisos a estarem com ele no domingo”, comenta um dos coordenadores da campanha de Lula.
Lula quer focar em economia
O ex-presidente usará o debate para focar na área econômica. Seu objetivo é apresentar seus planos para conquistar os eleitores mais indecisos. Ele também mostrará como foram seus dois governos e criticará a gestão Bolsonaro nos últimos quatro anos, principalmente na pandemia.
Na avaliação do PT, Bolsonaro não soube se sair bem quando foi encurralado durante a discussão sobre a pandemia. O pedido é que Lula consiga conduzir o encontro do mesmo jeito que fez no primeiro bloco da atração promovida pela Band.
O petista ainda irá se preparar para administrar seu tempo melhor. No último debate, ele se perdeu e deixou cinco minutos para Bolsonaro falar sozinho com o eleitor. O episódio só não foi pior porque ele recebeu direito de resposta e ficou com a “última palavra”.