Brasília - Apoiador e amigo do presidente Jair Bolsonaro (PL), o empresário Luciano Hang disse nesta quarta-feira, 16, que está sofrendo censura após saber que parlamentares do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) pediram ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes que o inclua na investigação sigilosa sobre milícias digitais antidemocráticas.
Os deputados federais do PSOL, Áurea Carolina de Freitas, Ivan Valente, Sâmia Bomfim, Fernanda Melchionna, Glauber Braga, Talíria Petrone, Viviane da Costa Reis e Luiza Erundina pedem a quebra do sigilo telefônico e bancário do dono das lojas Havan. Os parlamentares solicitam ainda que o caso seja levado à PGR (Procuradoria-Geral da República).
Ao tomar conhecimento da notícia, Hang gravou um vídeo dizendo que "depois de censurado, agora querem me prender sem eu ter feito nada".
Além disso, os parlamentares incluíram o dono da Havan como um possível financiador das manifestações antidemocráticas que bloquearam as rodovias desde o resultado das eleições 2022.
Os protestos foram realizados por apoiadores de Jair Bolsonaro e pediam a defesa de uma "intervenção federal" ou "intervenção militar", se dizendo contra os resultados das urnas que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o próximo presidente do Brasil.
O empresário disse que esta afirmação é mentirosa e que está processando a Agência Pública, veículo jornalístico que relacionou Hang às manifestações recentes. "Estou movendo uma ação contra esse site de tão descabida que a notícia é", disse.
Ainda, Luciano Hang disse que sofre uma "perseguição infundada" e citou que suas redes sociais foram bloqueadas a partir de uma determinação do ministro Alexandre de Moraes como parte da investigação contra empresários que compartilharam mensagens golpistas em um grupo no WhatsApp.
"Fui censurado nas redes sociais, nada foi encontrado porque nada foi feito", diz Hang no vídeo.
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