Armário de Pelé no vestiário da Vila Belmiro tem caixa fechada desde 1974Divulgação/Santos

São Paulo - O mistério sobre o armário de Pelé na Vila Belmiro ainda deve durar mais algum tempo. O Rei do futebol guardou um objeto desconhecido após o seu último jogo pelo Santos no estádio, em 1974, e o armário permanece fechado há 48 anos. Nos próximos dias, o presidente santista Andres Rueda pretende conversar com a família para decidir o que será feito.
No dia 2 de outubro de 1974, Pelé despediu-se do Santos em partida contra a Ponte Preta, na Vila Belmiro. O camisa 10 foi substituído aos 22 minutos do primeiro tempo. Ele se ajoelhou no gramado e deu adeus ao clube. Em seguida, ele foi para o vestiário, guardou um objeto misterioso no armário, trancou a porta e levou a chave. 
Mesmo após as reformas nos vestiários da Vila Belmiro, o armário de Pelé foi preservado e continuou fechado. Dentro dele, possui uma caixa com alguns pertences do Rei do futebol. Especula-se que também tem uma espécie de "amuleto" para o Santos.
"Nunca se pensou em abrir. Agora, vamos conversar com a família para ver o que faz. Se termina com esse mistério ou se continua", disse o presidente Andres Rueda, do Santos. 
Pelé morreu na última quinta-feira (29), aos 82 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O maior jogador da história estava internado desde o dia 29 de novembro e faleceu em decorrência da falência múltipla dos órgãos, causado por um câncer no cólon.
O velório de Pelé começou às 10h (de Brasília) desta segunda-feira e terá duração de 24 horas. A cerimônia é aberta ao público e recebeu a presença de diversas autoridades como os presidentes da Fifa, Conmebol e CBF, além do governador de São Paulo e ex-jogadores do Santos. O enterro acontecerá na terça (3).
O Rei do futebol deixou sete filhos e a esposa Márcia Aoki, com quem estava casado desde 2016. Do primeiro casamento, com Rosemeri Cholbi, nasceram Kelly Cristina, Edinho e Jennifer. Ele também é pai dos gêmeos Joshua e Celeste, do relacionamento com a psicóloga Assíria Lemos, e teve duas filhas fora do casamento: Sandra Regina, que só obteve o reconhecimento da paternidade pela Justiça, morta em 2006, e Flávia.