Tatuagem contribuiu para prisão preventiva de Daniel Alves, diz jornal espanhol; entenda
A mulher que acusa o jogador disse que ele tinha uma tatuagem de uma meia-lua no abdômen; ao saber ser perguntado sobre isso, Daniel teria mudado o depoimento
Daniel Alves sonha em disputar a Copa de 2022 - Lucas Figueiredo/CBF
Daniel Alves sonha em disputar a Copa de 2022Lucas Figueiredo/CBF
Uma tatuagem no abdômen contribuiu para a previsão preventiva de Daniel Alves, que é acusado de agressão sexual. A informação foi publicada pelo jornal espanhol "El Mundo", nesta segunda-feira. Entenda todos os detalhes abaixo:
De acordo com a publicação, a vítima disse à juíza que Daniel Alves tem uma tatuagem de meia-lua no abdômen. Ainda segundo o jornal, a mulher contou que viu a tatuagem no momento em que o lateral-direito tentou obriga-la a fazer sexo oral.
Posteriormente, quando Daniel Alves foi depor, a juíza o perguntou sobre a tatuagem. Na época, a versão do jogador era de que a mulher havia se lançado sobre ele.
A magistrada, então, queria saber como era possível a vitimar detalhar a tatuagem da meia-lua se Daniel não havia se levantado e, consequentemente, estava com o desenho coberto pela camisa.
Na sequência, o lateral-direito afirmou que se levantou quando a mulher entrou e, por isso, ela pôde ver a tatuagem. Mais tarde, na mesma declaração, ele disse que as relações foram consensuais.
Sempre segundo o "El Mundo" informou, estas três mudanças de versão no depoimento foram um dos argumentos para que a ordem de prisão preventiva fosse ordenada.
ENTENDA O CASO
A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão do jogador na última sexta-feira. Ele foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito a fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção. O Pumas, do México, anunciou na última sexta que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube será rompido por justa causa.
A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria agredido sexualmente a mulher. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.
A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã, que colheu depoimento da vítima. Ela também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de Janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.
No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou ter tido relações consensuais com a mulher, cujo nome não foi revelado. O suposto crime sexual teria ocorrido num banheiro unissex da área vip da casa noturna.
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