Meia Romário, do Vila Nova-GO, foi alvo de busca e apreensão do Ministério Público de GoiásDivulgação/MP

O Ministério Público de Goiás obteve novas provas de manipulação de resultados. Após descobrir que três jogos da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022 foram manipulados por um grupo de apostadores, a Justiça encontrou mensagens que apontam uma tentativa de manipulação nos estaduais deste ano. 
Após cumprirem um mandato de busca e apreensão contra o empresário Bruno Lopez de Moura, em São Paulo, os investigadores encontraram mensagens que indicavam pagamentos feitos em 2023. A manipulação ocorreu com jogadores de quatro estados: Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás.
Segundo o Ministério Público, o empresário Bruno Lopez de Moura era responsável por aliciar os jogadores e realizar os pagamentos. Na mensagem encontrada no celular do alvo, três clubes foram citados: São Luiz-RS, Novo Hamburgo-RS e Villa Nova-MG.
Os três clubes se manifestaram em notas oficiais e mostraram surpresa por terem sido citados. O Ministério Público ainda não tem detalhes de quais atletas e jogos foram corrompidos pelos apostadores. Eles também descartam a participação dos clubes ou dirigentes no esquema.
Entenda a operação "Penalidade Máxima"
A operação "Penalidade Máxima" investiga a manipulação de três jogos da última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. A investigação começou após o presidente do Vila Nova-GO, Hugo Jorge Bravo, denunciar que o meia Romário foi aliciado por apostadores para cometer um pênalti no primeiro tempo da partida contra o Sport. 
Além de Romário, outros três jogadores foram investigados: Joseph, da Tombense, Matheusinho, do Sampaio Corrêa, e Gabriel Domingos, do Vila Nova-GO. Gabriel Domingos também está sendo investigado por emprestar sua conta bancária para Romário, companheiro de equipe, receber o dinheiro de forma antecipada. 
Os três jogos suspeitos de manipulação são Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina. De acordo com o plano dos apostadores, os jogadores deveriam cometer pênalti no primeiro tempo das partidas. Cada jogador recebeu cerca de R$ 150 mil e, ao todo, o esquema movimentou mais de R$ 600 mil.