Orlando Aravena foi técnico da seleção do Chile e de muitos clubes do paísDivulgação / Palestino

O  futebol do Chile lamentou a morte nesta quinta-feira (21) do técnico Orlando Aravena, de 86 anos, que comandou a seleção do país nas Eliminatórias da Copa de 1990. Era ele quem estava no banco de reservas no jogo, com o Brasil, que ficou marcado como o escândalo do "Caso Rojas", no Maracanã, em 1989.
Naquele 3 de setembro, o duelo que valia a classificação para a Copa do Mundo foi interrompido após o goleiro Rojas fingir que foi atingido por um sinalizador, inclusive com sangue no rosto. O Chile buscou a punição do Brasil, que vencia por 1 a 0, para ser declarado vencedor pelo ocorrido, o que acarretaria na classificação ao mundial.
Entretanto, a CBF conseguiu comprovar com uma sequência de fotos que o artefato arremessado pela torcedora Rosenery Mello - que ficou conhecida como 'A fogueteira do Maracanã' - caiu no campo 1,5 metro distante de Rojas. Meses depois, o goleiro admitiu que aproveitou a oportunidade para se cortar com uma lâmina no supercílio para obrigar o cancelamento da partida.
A farsa fazia parte de um plano do Chile para que conseguisse os pontos, já que brigava pela vaga com a seleção brasileira. Ou, ao menos, que o Maracanã fosse interditado, para que o adversário jogasse em outro local. A seleção chilena acabou punida pela Fifa e não pôde disputar as Eliminatórias para a Copa de 1994.
Técnico daquele time, Orlando Aravena comandou o Chile entre 1987 e 1990 e trabalhou por Colo Colo, Audax Italiano, Universidad Católica, O'Higgins, Unión Española, Rangers, Everton, Santiago Morning e Palestino. Ele também foi jogador por Magallanes, La Serena, Palestino, Colo Colo e Ñublense. Todos do país.