Momento em que Acerbi se desculpa com Juan Jesus, após brasileiro acusá-lo de racismoReprodução de vídeo / sport Mediaset
Zagueiro italiano é absolvido de acusação de racismo contra brasileiro
Defensor foi liberado pela Federação Italiana por falta de provas
Itália - O zagueiro italiano Francesco Acerbi foi absolvido pela Federação Italiana de Futebol (FIGC) de uma acusação de racismo contra o brasileiro Juan Jesus. Segundo a decisão assinada pelo juiz esportivo Gerardo Mastrandrea, nesta terça-feira (26), existe uma falta de provas sobre a infração.
O magistrado reconheceu que houve um desentendimento no campo, entretanto, argumentou que "o conteúdo discriminatório, sem pôr em causa a boa-fé do jogador do Napoli, parece ter sido percebido apenas pelo jogador ofendido, sem apoio de qualquer prova atestatória externa, seja ela de áudio, vídeo ou testemunhal".
Mastrandrea também afirmou que "condutas discriminatórias devem ser sancionadas com a maior severidade". Além disso, pontuou que não deve ser aplicada nenhuma punição no caso porque "a imposição de tais sanções deve ser apoiada por uma quantidade mínima de provas ou por provas sérias, precisas e consistentes". O magistrado ainda alega que "não é atingido o nível mínimo de certeza razoável quanto ao conteúdo discriminatório da infração".
O caso aconteceu no empate em 1 a 1 entre Inter de Milão e Napoli, no dia 17 de março. As câmaras de transmissão flagraram Juan Jesus reclamando com o árbitro Federico La Penna. A imprensa italiana fez a leitura labial, informando que o brasileiro disse: "Ele me chamou de negro. Assim não dá".
Pouco depois, o árbitro vai em direção a Acerbi, que na sequência cumprimenta Juan Jesus. O brasileiro explicou, em entrevista à "Dazn" italiana, que o zagueiro italiano se desculpou.
"Ele foi um pouco longe demais com suas palavras, mas é um cara legal. Ele pediu desculpas e está tudo bem", disse.
Devido à acusação de racismo, Acerbi foi cortado da seleção italiana, que disputou os amistosos contra Venezuela, na última quinta-feira (21), e Equador, no último domingo (24). A Federação Italiana justificou que o corte se deu para "garantir a serenidade necessária à seleção nacional e ao próprio jogador".
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