Daniel Alves está em liberdade provisóriaAFP

Rio - Em liberdade provisória, Daniel Alves, de 40 anos, terá que se apresentar à Justiça de Barcelona, nesta quinta-feira. A aparição aconteceria nesta sexta-feira, mas o feriado de Páscoa obrigou a antecipação. O lateral terá que se apresentar semanalmente à Justiça espanhola.
De acordo com informações do jornal espanhol Mundo Deportivo, Daniel Alves e seus advogados concordaram em ir à Audiência Provincial de Barcelona para assinatura de documento sempre às sextas-feiras.
Condenado em fevereiro por estupro contra uma mulher de 23 anos, Daniel Alves teve o pedido de liberdade provisória concedido pela Justiça espanhola na última quarta-feira. O Tribunal de Barcelona decretou a fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) para o brasileiro. O pagamento foi efetuado nesta segunda-feira e dentro do prazo, o brasileiro acabou recebendo a liberdade.
Para ganhar a liberdade provisória, Daniel teve que entregar os passaportes espanhol e brasileiro, de forma a garantir que não deixará o País. Antes da condenação, o atleta brasileiro teve negados cinco pedidos para responder em liberdade por "risco de fuga". Além disso, ele terá que se apresentar semanalmente à Justiça da Espanha.
Entenda o caso
O Tribunal de Barcelona, na Espanha, condenou Daniel Alves a quatro anos e seis meses de prisão pelo estupro de uma mulher de 23 anos em uma boate da cidade, além de cinco anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena, sendo proibido de se comunicar ou se aproximar da vítima. O crime ocorreu em dezembro de 2022, dias após a participação do jogador na Copa do Mundo do Catar com a seleção brasileira.
Após a condenação no Tribunal de Barcelona, o caso de Daniel Alves ainda será avaliado pelo Superior Tribunal da Justiça da Catalunha. Ambas as partes poderão recorrer ao Tribunal Supremo de Madri, órgão máximo da Justiça espanhola. Por isso, a liberdade provisória não significa que ele foi absolvido, mas apenas poderá aguardar o trânsito em julgado fora da prisão. A advogada da vítima classificou a decisão como "escândalo" e prometeu recorrer.