Ben Yedder está sem clube desde que deixou o Monaco, da FrançaNicolas Tucat / AFP

Mais artigos de AFP
AFP
Nice - Ex-atacante da seleção francesa, Wissam Ben Yedder será julgado nesta terça-feira (15) por agressão sexual em estado de embriaguez. No dia 6 de setembro, o jogador de 34 anos conheceu uma jovem que concordou em entrar em seu carro. Ao que tudo indica, ele teria colocado a mão em sua coxa e tentado beijá-la antes de se masturbar na sua frente. 
A mulher relatou o incidente imediatamente e o francês foi preso ao volante naquela noite em Cap d'Ail, perto de Mônaco.

"O nosso cliente comparecerá à audiência e pretende assumir a responsabilidade pelos seus atos", declararam os dois advogados do jogador, Hasna Louzé e Marie Roumiantseva, que citaram o problema de alcoolismo do atleta.

O processo foi adiado para estabelecer uma avaliação do dano psicológico da vítima.

Ben Yedder, que está sem clube desde que seu contrato com o Monaco expirou, tem sua mobilidade restrita na França, sem poder frequentar casas noturnas e um toque de recolher que o obriga a estar entre 20h e 6h. Além disso, tem de comparecer à delegacia duas vezes por semana e tratar seu vício em álcool.

Outros casos

O Ministério Público havia solicitado a prisão preventiva do atacante devido ao risco de fuga, de pressionar a vítima e também de repetir a conduta. Ele estava sob controle judicial no momento dos acontecimentos, depois de ter pago fiança de 900 mil euros (R$ 5,5 milhões pela cotação atual).
Ben Yedder ainda foi acusado de estrupro por outra jovem, mas o caso ainda está em fase de instrução.

Ao mesmo tempo, o jogador também deverá ser julgado no final de dezembro por abuso psicológico contra sua esposa no contexto do seu divórcio em maio de 2023. Além disso, foi condenado em Sevilha, no ano passado, a seis meses de prisão e a uma multa de mais de 130 mil euros (R$ 795 mil) por fraude fiscal, e está num outro litígio com seu ex-agente Meïssa Ndiaye.

Nesta terça-feira (15) começa o julgamento no qual ele pode pegar até dez anos de prisão por "agressão sexual em estado de manifesta embriaguez" e também por "desobediência e direção sob influência de álcool".