Rio - Os atos de violência da torcida atleticana na Arena MRV, na final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, no último domingo (10), foram denunciados pela Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). O pedido é pela interdição do estádio até o julgamento do caso.
Até o julgamento desta denúncia, ainda em data marcada, a Procuradoria deseja que a Arena MRV seja fechada eque o Atlético-MG mande seus jogos em outro estádio, sem a presença de torcedores. No dia 20, o Galo recebe o Botafogo pela 34ª rodada do Brasileirão em Belo Horizonte.
O Galo foi enquadrado nos artigos 211 e 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. De acordo com o artigo 211, clubes que não garantirem a infraestrutura necessária para a segurança em seus estádios podem ser multados em até R$ 100 mil e ter seus estádios interditados.
Já o artigo 213 estabelece uma penalidade para os clubes que não tomarem as medidas necessárias para evitar e punir atos de violência, como invasões de campo e arremesso de objetos, em seus estádios. A punição pode incluir a perda do mando de campo por até dez partidas, além de multa de até R$ 100 mil.
Na súmula do jogo, o árbitro da partida, Raphael Claus, citou todos as infrações cometidas pela torcida do Galo.
"Informo que durante a partida aos 12 minutos e aos 50 minutos foi colocado um laser no rosto do goleiro visitante, vindo da arquibancada onde estava localizada a torcida mandante. Foram arremessadas bombas no gramado explodindo próximo dos jogadores aos 9 minutos, 49 minutos, 50 minutos e 52 minutos, vindas da arquibancada onde estava localizada a torcida mandante", relatou o árbitro.
O fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos, que trabalhava no campo, foi atingido no pé por uma bomba, e precisou passar por cirurgia. A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um inquérito para investigar o episódio.
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