Léo é zagueiro do Athletico-PRJosé Tramontin/athletico.com.br
Ex-Vasco, Léo presta queixa após sofrer racismo em jogo do Athletico-PR: 'Que a pessoa pague'
Zagueiro foi chamado de 'macaco' no clássico com o Coritiba
Rio - Ex-zagueiro do Vasco e atualmente no Athletico-PR, Léo esteve nesta segunda-feira (27) na Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), em Curitiba, para prestar queixa sobre o caso de racismo do qual foi vítima no clássico do último sábado, com o Coritiba, no Couto Pereira. Após ser expulso, ele foi chamado de "macaco" por torcedores do Coxa.
"Momento difícil. Eu luto por essa causa e passar por isso não é legal. Neste momento eu fiquei muito próximo da minha família. Agora é fazer o que tem que ser feito para que essa pessoa não cometa mais isso com ninguém. A gente não pode ocupar um lugar de vítima em momento nenhum. Que a pessoa pague pelos seus atos. O que peço é respeito e igualdade", disse o jogador na chegada à delegacia.
Após a partida, Léo chegou a ir até o Demafe no Couto Pereira, mas não conseguiu registrar a queixa por não ter encontrado ninguém no local.
O Demafe já iniciou o trabalho para tentar identificar os autores das ofensas racistas contra Léo. O órgão conta com o auxílio do Coritiba, que disponibilizou todas as imagens de câmeras de seguranças do Couto Pereira.
Os ataques contra Léo estão registrados em vídeos que circulam nas redes sociais. Após a expulsão do defensor, um torcedor do coxa chama o jogador de "macaco" mais de uma vez.
"Macaco não se cria no Couto Pereira. Vai em bora, Léo Pelé, seu preto, macaco do c***. Olha para cá, seu macaco", gritou a pessoa.
O Vasco, ex-clube de Léo, repudiou o ocorrido e exigiu a identificação e a punição dos responsáveis.
"O Vasco da Gama manifesta seu total repúdio aos atos de racismo dirigidos ao atleta Léo durante a partida entre Coritiba e Athletico Paranaense na tarde de hoje (25/01). Em 126 anos de história, lutamos contra o racismo e elitismo. Reafirmamos, portanto, que não há espaço para preconceito no esporte ou na sociedade. Exigimos a identificação e punição dos responsáveis por esses atos. Seguiremos firmes na defesa da igualdade, da justiça e da dignidade humana", diz a nota do Cruz-Maltino.
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