O baixo rendimento do ataque é uma preocupação, mas o setor que tem tirado o sono do técnico Alberto Valentim e da torcida do Botafogo é a defesa. O treinador precisa encontrar uma forma de o time sofrer menos gols em 2018, é dono do quarto pior sistema defensivo entre os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. Considerando os quatro torneios (Carioca, Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileirão), foram 31 gols sofridos em 27 partidas (média de 1,15 por jogo).
O desempenho ruim no empate (1 a 1) com o Vitória, no Nilton Santos, acendeu o sinal de alerta no Botafogo, que, nas duas próximas rodadas do Brasileirão, terá adversários complicados: o São Paulo, amanhã, no Morumbi, e o clássico com o Vasco, sábado, em São Januário. O time ocupa a 12ª colocação, com apenas nove pontos em sete rodadas.
Outro grave problema do Botafogo está no meio de campo. Sem a criatividade dos responsáveis pela armação das jogadas, a defesa fica sobrecarregada e a bola não chega em boas condições na frente.
"A gente tem conversado. Sou atacante e gosto que a bola chegue. Valentim está escalando a equipe da melhor forma possível. Às vezes, precisamos ir na raça para vencer", destacou Kieza, autor do gol alvinegro contra o Vitória. "O São Paulo vem muito bem e o jogo será difícil. Vamos precisar marcar forte e procurar aproveitar as oportunidades lá na frente", acrescentou.
REFORÇO À VISTA
Livre de problemas na coxa esquerda, o apoiador Marcos Vinícius treinou sem restrições ontem e passou a ser mais uma opção para o jogo contra o São Paulo. O técnico Alberto Valentim agora tem, além do chileno Leo Valencia, João Pedro, Marcos Vinícius e Leandrinho, que voltou a treinar depois de artroscopia.
Contra o Vitória, João Pedro foi testado na função de um camisa 10, mas pouco apareceu. No duelo de amanhã, no Morumbi, o Botafogo terá o retorno do zagueiro argentino Carli, que cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo, e provavelmente do apoiador Renatinho, poupado no final de semana por causa de desconforto muscular.
