Por O Dia

Rio - Sem vencer e fazer gols há três partidas (Grêmio 1 a 0, Cruzeiro 0 a 0 e Santos 1 a 0), o Botafogo precisa mudar a postura para não começar as oitavas de final da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira, às 21h30, no Estádio Nilton Santos, com o pé esquerdo diante do Atlético Mineiro. O jogo da volta será na próxima quarta, no Independência, em Belo Horizonte.

Quem passar assegura uma premiação de600 mil dólares (cerca de R$ 2,2 milhões na cotação atual) e vai enfrentar na fase seguinte o La Equidad, da Colômbia. Além da chance de um título de peso na temporada, o Botafogo enxerga na 'Sula' a saída para não voltar a atrasar salários com os jogadores, que recentemente ficaram dois meses sem receber.

Mas se a campanha do clube da Estrela Solitária é instável na Série A, na Sul-Americana o time tem o artilheiro isolado da competição — Erik, com quatro gols — e ainda não teve a sua defesa vazada depois de quatro jogos — dois da primeira fase e mais dois da segunda.

Se depender do retrospecto do Fogão em compromissos de mata-mata contra o alvinegro mineiro, então a torcida tem excelentes motivos para comparecer em peso ao Nilton Santos e ajudar a equipe a espantar esse momento turbulento.

É que nos últimos 25 anos o Glorioso despachou o adversário desta quarta-feira à noite quatro vezes na Copa do Brasil e outras duas pela Copa Sul-Americana.

Essa será a décima vez que as duas equipes medirão forças por confrontos eliminatórios.Das nove vezes anteriores, o Galo levou a melhor só em duas oportunidades: na Taça Brasil de 1967 e no Brasileiro de 1994. O retrospecto geral aponta quatro vitórias mineiras, 11 triunfos cariocas e quatro empates. Ou seja, que essa freguesia se mantenha para o Fogão voltar a ser feliz.

Na entrevista coletiva desta terça-feira, o técnico Eduardo Barroca tentou demonstrar tranquilidade, mas está tenso com os 270 minutos — ou três partidas — de jejum do ataque. Para ele, seu trabalho tem esbarrado na dificuldade de fazer os jogadores de frente chegarem o mais perto possível das metas dos rivais para marcar.

"O meu maior desafio nesse momento seja ter os jogadores de definição em condição de finalizar mais próximos do gol. Os ajustes coletivos que tenho tentado fazer é em cima disso. Ter eles em condição de definirem as partidas. Diego, Pimpão, Erik, Luiz, João Paulo, Cícero... Tem acontecido muitas vezes de ficar com a bola, mas com muitas finalizações bloqueadas. Falta clareza para concluir".

 

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