Técnico do Botafogo cobra posição de treinadores e diz haver 'forçação de barra' do Flamengo por retorno do futebol
Paulo Autuori condenou pressa e criticou pessoas tratam o futebol como algo fora da realidade
Paulo Autuori. Reprodução InstagramReprodução DO Instagram
Por O Dia
Rio - Técnico do Botafogo, Paulo Autuori falou pela primeira vez sobre uma possível volta do futebol. Em entrevista ao Blog do Alexandre Praetzel ex-jogador condenou a pressa de algumas pessoas, com interesses alheiros ao mundo real, pedindo também mais posicionamento dos seus colegas de profissão.
Questionado sobre a pressão de lideranças pelo retorno do futebol brasileiro, Autuori afirmou que o esporte não deve ser tratado como algo fora da realidade e que a preservação de vidas deve ser prioridade. Além disso, o treinador citou o rival Flamengo como uma das equipes que está tentando forçar a barra pela volta do futebol.
Publicidade
"Claro, dentro e fora do futebol de uma maneira muito clara. Não vejo o por quê disso. Volto a falar, diante de tantas mortes, tanto sofrimento, parentes que não podem se despedir de seus entes queridos, falar em futebol como se fosse algo fora da realidade, como se as pessoas fossem outras quaisquer, não vejo isso com sensatez. Os que são a favor não entendem quão complexa é a rotina de treinos de uma equipe. Não é apenas juntar os jogadores, são vários profissionais envolvidos", prosseguiu.
"Quando o Montenegro falou que prefere o W.O a salvar vidas, futebol é vida e temos que preservá-las. Há uma forçação de barra, o Flamengo tentando forçar, infelizmente faleceu o massagista Jorginho, um ser humano extraordinário. Pelo que eu li, oito funcionários testaram positivo e farão outros testes. É um risco muito grande. Temos que pensar em todos e aqueles que não têm condições, que ganham apenas um salário mínimo? O que me preocupa é ver dirigentes querendo a volta do futebol. Aliás, gostaria de ver mais técnicos se posicionando como eu. Não interessa se são a favor ou não dos treinos. Exigimos posição dos jogadores, mas não nos posicionamos? Esperava ver mais profissionais da minha área dando opiniões, concordando ou não", concluiu.