Jorge Braga, economista e CEO do Botafogo, detalhou o plano para a quitação de dívidas na área cívelVítor Silva/Botafogo

Rio - Em comunicado divulgado na noite desta quarta-feira, o Botafogo anunciou o acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que aceitou o plano apresentado pela diretoria alvinegra de centralização das dívidas cíveis do clube. A medida tem efeito imediato de suspender toda as execuções em ação no TJ-RJ e, consequentemente, gera um fôlego para organizar o passivo com ex-funcionários.
O Botafogo repete a estratégia costurada no acordo para equacionar, de forma parcelada, dívidas trabalhistas na casa dos R$ 100 milhões. A nova ação foi ingressada no TJ-RJ na última sexta-feira no "Regime Centralizado de Execuções". A proposta foi baseada na nova Lei Clube-Empresa, já em vigor no Brasil, que garante o direito de centralizar as cobranças e quitar as dívidas em até seis anos com repasse de 20% da receita mensal. Dessa forma, o clube evita penhoras individuais.
Confira na íntegra a nota divulgada pelo Botafogo:
"O Botafogo conquistou uma vitória importante fora dos gramados nesta quinta-feira (22/9). O Tribunal de Justiça (TJ) se posicionou favoravelmente ao pedido realizado pelo Clube no último dia 17, de centralização das dívidas cíveis, e determinou a suspensão de todas as execuções cíveis. O CEO Jorge Braga celebrou a decisão em entrevista à 'BotafogoTV'.

"Eu me dirijo à torcida gloriosa. É com muita satisfação que dou a notícia que mais um passo importantíssimo na equalização das dívidas do Botafogo foi dado. O Botafogo entrou no Tribunal de Justiça do Rio solicitando a centralização do pagamento de dívidas e a suspensão das penhoras de todas as dívidas cíveis, o que foi aprovado no TJ. É um passo importantíssimo para aumentar a gestão do Clube, a ordenação do nosso dia a dia e eu queria de dividir essa notícia com vocês. Estamos a passos firmes, calculados e seguros caminhando para equalizar e resolver a dívida existente. Muito obrigado", afirmou o CEO Jorge Braga em depoimento à 'BotafogoTV'.

No requerimento apresentado ao TJ, o Botafogo baseou-se na 'Lei do Clube-Empresa', Nº 14.193/2021, a Sociedade Anônima do Futebol. De acordo com a decisão, o Botafogo irá apresentar um Plano de Credores e destinará 20% de sua receita corrente mensal para pagamento das dívidas no prazo de 6 anos, como diz a lei. Cabe lembrar que no início do mês a Justiça também havia suspendido todas as execuções trabalhistas.

Os principais beneficiados com as ações do Botafogo na Justiça serão os próprios credores. Com a estruturação e ordenamento das dívidas, o Clube terá capacidade para se reorganizar administrativamente, preservar o caixa para o funcionamento diário, cumprir suas obrigações, conquistar resultados esportivos e com isso atrair novos investimentos em um ciclo virtuoso".