Diego LoureiroVitor SilvaI/Botafogo

Rio - Titular no gol do Botafogo, o goleiro Diego Loureiro sempre teve bons exemplos da posição dentro do clube. Seja com o ídolo alvinegro Jefferson, Diego Cavalieri ou com Gatito, hoje machucado, o jovem de 23 anos vai amadurecendo e desfruta da boa fase, que considera ser a melhor da até então curta carreira.
"Gatito é um amigo meu, conheço a família dele e ele conhece minha família perfeitamente. A gente está sempre junto quando pode fora do clube. A competitividade é dentro de campo, mas o Gatito é um cara experiente, que tem uma história muito bonita aqui. Ele sempre conversa comigo, me explica algumas coisas, me dá ensinamentos para poder crescer, como fazia o Jefferson quando estava aqui", disse Diego em entrevista ao site "ge.com".
"Sou muito observador. A gente consegue tirar muito só observando. Fiz isso com o Jefferson, com o Cavalieri, e faço isso com o Gatito. Com o Jefferson, lembro dele nos treinos, das conversas que ele teve comigo. São jogadores que ajudam a gente sem saber. O Gatito é muito rápido, o Jefferson era muito forte, o Cavalieri tinha uma leitura de jogo sensacional. Cada um tinha ou tem as suas qualidades. A gente vai tirando um pouco de cada. Não posso renegar as minhas características, mas isso até ajuda a criar uma identidade sua", concluiu o jogador.
Cria da base alvinegra, Diego falou sobre o processo que passou para sair da terceira opção e se tornar o titular do Botafogo nesta temporada. Após o choque com a morte do avô Julio, em 29 de julho de 2019 - o dia aliás, é um dos motivos que fez o goleiro escolher a camisa 29 - Loureiro mudou seu comportamento em buscar de melhorar sua saúde mental e física.
"O processo todo começou quando eu perdi o meu avô, que era a pessoa que me acompanhava. Isso me abalou bastante. Não tinha mais alegria para treinar, não soube lidar com o momento. O Paulo Ribeiro, psicólogo, começou a trabalhar comigo. Resolvi virar a chave, e foi no momento em que minha esposa revelou que estava grávida. Aí, percebi que não podia não dar 100%", afirmou o arqueiro, antes de completar:
" Eu tinha que ser o meu melhor todos os dias. Comecei a trabalhar com o meu preparador, Gilmar Quadros, mas com todo o acompanhamento aqui do clube. Hoje, estou no meu melhor tanto na parte física quanto na mental. Melhor percentual de gordura, melhor peso."