John Textor, dono da SAF do BotafogoVitor Silva/Botafogo

Rio - O Botafogo pode sofrer com as consequências caso o empresário americano John Textor, dono da SAF alvinegra, entre com ação na Justiça Comum contra supostas manipulações de resultados no Campeonato Brasileiro. A medida é contrária ao Regulamento Geral de Competições da CBF e também é uma infração do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Para entrar com uma ação na Justiça Comum sem correr risco de sofrer uma sanção desportiva, o Botafogo teria que, primeiramente, recorrer na Justiça Desportiva. Caso entre com processo sem esgotar todas as instâncias desportivas, as possíveis punições são advertências, multa de até R$ 500 mil, proibição de registro, transferência de atletas, perda de pontos ou exclusão de campeonato.
O artigo 136, parágrafo único, do Regulamento Geral de Competições da CBF prevê que os "clubes estão vedados de recorrer ao Poder Judiciário, salvo as hipóteses previstas pelo artigo 58.2 do Estatuto da Fifa". A exceção prevista pela entidade máxima do futebol diz que os clubes "procurem a justiça comum de seus países para recorrer das decisões da justiça desportiva". 
Já a punição prevista pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) é mais severa. O regulamento desportivo prevê a exclusão do campeonato a quem procurar o poder judiciário antes de esgotar todas as instâncias na Justiça Desportiva. 

Entenda a história

John Textor está disposto a lutar até as últimas consequências contra os erros de arbitragem no futebol brasileiro. O dono da SAF do Botafogo acredita que o clube foi prejudicado no Brasileirão de 2023 e deseja entrar com uma ação na Justiça Comum para se investigar supostas manipulações de resultados, segundo informações do apresentador André Rizek, do Grupo Globo.
O empresário americano apresentará o relatório da "Good Game", empresa que contratou para investigar a arbitragem em jogos do Brasileirão. De acordo com o documento, o Botafogo teria 21 pontos a mais do que o Palmeiras com "resultados reais". Recentemente, Textor foi suspenso por 35 dias pelo STJD após acusar a CBF de corrupção.